A batalha existente para
criar e manter vantagens competitivas em ambientes dinâmicos pode ser percebida
através da proliferação de diversas formas e expressões de mudança estratégica,
tais como reengenharia, realinhamento, revitalização, ...
A impressão resultante é de
que os que vivenciam a mudança estratégica a consideram difícil, mas não ousam
abandoná-la com medo de serem deixados para trás pelos competidores.
A mudança estratégica pode
ser definida como o realinhamento entre a organização e o ambiente que influi
na realização dos objetivos organizacionais.
Dado que tal mudança é
realizada para aprimorar a capacidade da organização de sobreviver através do
alcance de seus objetivos e satisfazendo aos stakeholders (pessoas ou grupos
que exerçam poder sobre a organização, como sindicatos, acionistas, políticos
opositores, ...), seria estranho se os funcionários, de forma geral,
resistissem à mudança estratégica.
É possível explicar tal
resistência dos empregados seja proveniente do fato de gestores e estudiosos
ainda terem em mente os conceitos da teoria X acerca da reação dos empregados e
que o comportamento destes seja consequência de tal forma de pensar.
O livro The Human Side of
Enterprise, clássico escrito por McGregor em 1960, expõe que o comportamento
gerencial depende das nossas suposições sobre as pessoas e caso estas sejam
consideradas predispostas a não gostar do trabalho, então o estilo gerencial as
força a se comportarem conforme suas expectativas.
Resumindo: No contexto de
mudança estratégica, as pessoas são vistas como favoráveis à estabilidade e,
portanto resistirão e terão medo das mudanças.
Em contrapartida temos a
teoria Y e teoria cultural Z.
Estas tendem a sobrevalorizar o lado humano em
detrimento do lado empresarial.
Logo, nenhuma das três
teorias sozinha é suficiente para permitir o estudo da reação das pessoas
diante de mudanças estratégicas.
O grande desafio, em termos
de fator humano, relacionados ao planejamento da estratégia de uma organização
é integrar os lados humanos e empresariais através da motivação de seus
funcionários, de tal forma que a companhia obtenha ganhos desenvolvendo e sendo
desenvolvida por seus empregados.
O que é Estratégia ?
O conceito de estratégia
pode ser definido de pelo menos duas perspectivas diferentes: pela perspectiva
do que a organização pretende fazer e pela perspectiva do que a organização
realmente faz.
Pela primeira perspectiva,
estratégia é o programa amplo para definir e alcançar os objetivos de uma
organização e implementar sua missão.
Pela segunda, estratégia é
um padrão, isto é, a consistência de um comportamento medido em um período de
tempo.
Percebemos que, de modo
geral, a estratégia implementada é diferente da pretendida originalmente pela
organização.
Isto ocorre, pois as
estratégias são sempre criadas sob condições de parcial ignorância, e as
informações sobre o passado não garantem as previsões acerca do futuro.
A estratégia não pode ser
definida através de processos sistemáticos. Conforme explica Henry Mintzberg,
estratégia diz respeito a Preferências, Escolhas e Competição, e não um
exercício de lógica aplicada. É uma perspectiva compartilhada a respeito de
intenções futuras.
Michael Porter define
estratégia como a adequação entre as atividades da empresa, de forma que tal
conjunto de atividades proporcione ao cliente um pacote de valor exclusivo.
A visão de Porter procura
posicionar a empresa em seu ambiente competitivo.
O Contrato Psicológico e
Expectativas
No relacionamento entre um
funcionário e uma organização, cada uma das partes só participa pelo que espera
receber em troca de sua participação.
Indivíduo e Organização são
sistemas com necessidades específicas, que só se unem em relacionamento
cooperativo quando este permite satisfazer às necessidades de ambas as partes.
O contrato psicológico, que
pode ser definido como as expectativas mútuas do indivíduo e da organização, é
a base deste relacionamento.
A qualquer momento haverá
algumas expectativas satisfeitas e outras não, mas ambas as partes possuem
níveis de satisfação aceitáveis. Caso uma das partes esteja insatisfeita há
três opções a serem seguidas:
a) tentar a renegociação do
contrato. Caso esta fracasse ou não ocorra, a parte descontente pode tornar-se
alienada, mantendo o desempenho em padrões mínimos aceitáveis.
b) manter o relacionamento,
mas em estado de alienação, que pode persistir por anos sem que nenhuma das
partes se sinta motivada a mudar as condições desagradáveis.
c) romper o relacionamento.
As mudanças estratégicas
podem causar alterações no contrato psicológico, que é dinâmico e muda à medida
que as necessidades das duas partes mudam.
Por exemplo, as necessidades
de uma pequena empresa mudam à medida que esta se torna uma média empresa.
Da mesma forma, as
necessidades do indivíduo mudam em seus diversos estágios de vida.
A Natureza das Necessidades
do Indivíduo
Popular desde a virada
século, a visão racional-econômica pressupunha que a motivação básica do
indivíduo era econômica, de tal forma que os gerentes utilizavam estratégias de
recompensa e controle, que tentavam neutralizar o lado humano (sentimento) dos
indivíduos.
Na década de 1940 torna-se
popular o modelo do homem-social, sendo o maior fator de motivação do indivíduo
seu contato social no trabalho. Tais necessidades sociais eram, então, mais
valorizadas que os incentivos econômicos do modelo anterior.
O próximo modelo em voga foi
o da auto-realização, segundo o qual o indivíduo possui uma hierarquia de
necessidades, a saber:
1) sobrevivência,
(2) sociais,
(3) auto estima,
(4) autonomia,
(5) auto realização.
O indivíduo deveria ser
apresentado a trabalhos desafiantes e interessantes e seu bom desempenho seria
recompensado por oportunidades de auto realização.
O modelo homem-complexo
tenta romper com as escolas de pensamento citadas acima, pois abordagens
universais são demasiadamente simples.
Este modelo reconhece que o
indivíduo possui uma variedade de necessidades e uma variedade de pontos
fortes.
Isto porque cada indivíduo
tem história de experiências de desenvolvimento e configurações genéticas
diferentes.
Os modelos de indivíduo são
importantes, pois o comportamento destes na organização é diretamente
influenciado pela forma que os gerentes os veem.
A Importância do Fator
Humano
Estima-se que noventa por
cento das estratégias de mudança organizacional falham porque os fatores
humanos não foram bem avaliados.
No caso de uma empresa onde
esteja ocorrendo corte de pessoal, por exemplo, é comum se esquecer do impacto
psicológico nos empregados remanescentes.
Apesar de estas organizações
aparentarem serem mais enxutas e eficientes, os efeitos colaterais na força de
trabalho podem resultar na perda dos benefícios.
Uma abordagem interessante
do problema é não considerar a produtividade somente em termos de entradas e
saídas, mas também no relacionamento humano.
Por exemplo, uma empresa que
tenha acabado de realizar demissão de funcionários pode aparentemente estar
mais saudável.
Mas uma das consequências
possíveis é que aumente a sobrecarga horizontal (maior número de atividades)
sobre os empregados e que aumente a rotatividade da mão de obra na empresa.
Com a saída de funcionários
a organização muitas vezes perde parte importante de suas competências básicas.
O desafio de se elaborar uma
estratégia clara é, antes de tudo, um problema organizacional fortemente
associado à liderança. Conforme pesquisa publicada em "Personnel
Management" em outubro de 1994, as características mais comuns encontradas
no desenvolvimento estratégico foram:
liderança Estratégica
proveniente dos escalões mais altos, com objetivo de criar a visão,
estabelecerem valores e mostrar o direcionamento;
Uma equipe de executivos que compartilhe de
valores comuns;
Uma visão nítida dos fatores críticos de
sucesso no que diz respeito às pessoas que avaliam o desempenho da empresa.
"Você não
pode se mover em qualquer direção sem levar em consideração o impacto
resultante nos indivíduos, grupos, estruturas e desempenho.
Eu diria então que não se
deve fazer nada sem levar em consideração os efeitos sobre os recursos humanos“
- diz o diretor de uma empresa citado nesta pesquisa.
Formulação da Estratégia
Como um Processo Cultural
A visão mais
tradicional que se tem de estratégia é a de resposta de uma organização ao
ambiente em que se encontra. Desta forma, a gerência repensa e ajusta a
estratégia conforme as mudanças no ambiente.
Porém, a organização possui
severas restrições para fazer tais reajustes. Costuma-se identificar estas
limitações em fatores ambientais ou internos à organização, mas a maior
restrição na formulação estratégica reside-nos próprios elaboradores da
estratégia.
A estratégia de uma empresa
é um excelente espelho da forma que a organização pensa, de sua estrutura de
poder e seus sistemas de controle.
Em muitas empresas, por
exemplo, as crenças fundamentais são conservadoras, logo estratégias com baixo
risco serão mais valorizadas. Este tipo de organização é chamado de
"defensora".
O oposto são organizações
onde a tomada de decisão é menos rígida, com menos ênfase no relacionamento
formal. Estas são chamadas de "prospectoras".
A importância desta
discussão não é em classificar as organizações como de um tipo ou de outro, mas
sim mostrar que as estratégias adotadas por cada tipo de empresa são reflexo de
sua teia cultural.
Por exemplo, as histórias de
sucesso em organizações prospectoras estão relacionadas a rupturas, atitudes
audaciosas, ideias novas.
Nas organizações defensoras,
as histórias de sucesso valorizam a estabilidade, decisões baseadas em
experiências passadas e o consenso.
A teia cultural de uma
organização é composta das rotinas, símbolos, estruturas de poder, estruturas
organizacionais, sistemas de controle, e de seus rituais e mitos.
Apesar de não ser estática,
tende a evoluir lentamente e é basicamente uniforme para os membros da
organização (devido ao contrato psicológico).
O livro "Exploring
Corporate Strategy", de Gerry Johnson e Kevan Scholes, utiliza o termo
"A Receita" para reunir o conjunto dos itens que compõe a teia
cultural da organização.
A Receita é, então,
considerada a fórmula para o sucesso no negócio, pois é a partir dela que se
origina o poder dos grupos e indivíduos mais poderosos da organização.
Isto ocorre, pois tal poder
se origina da capacidade de se colocar tais crenças e valores em níveis
operacionais.
Mudança Estratégica - Visão
Gerencial
Quando confrontados com a
necessidade de mudar, os gerentes tomarão medidas que preservem o status quo,
ou seja, que não alterem a receita (conjunto de crenças e valores de uma
organização) da qual provém seus poderes.
Haveria uma tendência a não alterar o chamado
"jeito que as coisas são feitas aqui" ("the way we do things
around here").
Antes de buscar a
mudança estratégica, haverá a tentativa por parte da direção da empresa de
procurar meios de melhorar a implementação da estratégia atual, o que pode
ocorrer através de controles mais rígidos, por exemplo.
Cabe aqui uma ressalva muito
importante: não devemos confundir eficiência operacional com estratégia, apesar
de ambas serem vitais para um nível superior de desempenho.
A diferença básica é que a
eficiência operacional busca diminuir custos de produção enquanto que a
estratégia busca entregar um maior pacote de valor ao cliente.
A Receita, presença
inevitável em toda organização, é uma influência conservadora que influencia
diretamente no sentido de evitar a mudança estratégica, pois proporciona poder
aos que são capazes de tornar a organização operacional.
Expectativas, Objetivos e
Poder
Influências Externas
a) Valores da Sociedade:
atitudes perante o trabalho, autoridade, tolerância, dentre outros, são valores
constantemente modificados pela sociedade. Padrões de comportamento aceitáveis
algumas décadas atrás podem ser indesejáveis hoje.
b) Grupos Organizados:
indivíduos muitas vezes pertencem a grupos que os influenciam, tais como
sindicatos, partidos políticos e grupos religiosos.
Algumas empresas recrutam
pessoas que pertençam a um grupo específico: a Golden Cross costuma recrutar
protestantes e esta religião influencia bastante a cultura da empresa e,
consequentemente, sua estratégia.
Muitas vezes estes grupos
exercem influência de forma informal, mas desenvolvem normas de conduta que
influenciam diretamente o comportamento do indivíduo.
Natureza do Negócio
a) Situação de Mercado: a
situação na qual a organização se encontra no mercado influencia no
comportamento de indivíduos e grupos.
Empresas em boa situação
costumam ter empregados mais resistentes à mudança.
b) Produtos / Tecnologia: há
duas maneiras possíveis das influências tecnológicas influenciarem indivíduos e
grupos: através das limitações que impõe ao modo de trabalhar da organização e
através da mudança das habilidades necessárias e, por consequência disto, a
alteração da cultura organizacional.
Cultura Organizacional
a) História e
Tradição: as histórias e os mitos de uma organização mostram a essência das
estratégias passadas, legitimaram os tipos de comportamento de indivíduos e
grupos de dentro da organização e as atitudes dos que estão fora desta.
b) Liderança e Estilo
Gerencial: a liderança é um fator indispensável para o desenvolvimento da
estratégia. Pessoas que compartilham de valores comuns são levadas a posições
de liderança de modo que possam difundir tais valores e crenças pelos demais
membros da organização.
c) Estrutura e Sistemas: a
estrutura da organização é importante no desenvolvimento estratégico, pois a
direção favorecerá a adoção de objetivos que fortaleçam a estrutura da qual faz
parte.
O sistema de controle é
importante pois os indivíduos tendem a elaborar estratégias que melhorem os
parâmetros medidos por tais sistemas.
Poder nas Organizações
O mecanismo pelo qual as
expectativas podem influenciar a política da organização é chamado de poder. É
melhor definido como a extensão até a qual indivíduos ou grupos são capazes de
persuadir, induzir o coagir outros em determinados cursos de ação.
Uma abordagem para o modo
pelo qual o poder está estruturado nas organizações é derivada da estrutura de
classes.
Marx (1876) argumentou que
os interesses das classes são estruturalmente pré-determinados, independente de
outras bases de identidade.
Weber estendeu os conceitos
de Marx, afirmando que o poder se origina na posse e controle dos meios de
produção, mas também poderia ter origem no conhecimento das operações.
Fontes de Poder na
Organização
a) Hierarquia: fornece o
chamado "poder formal" sobre pessoas. É um dos métodos utilizados pela
gerência senior para influenciar nos rumos da organização. Quando a decisão
estratégica é bastante concentrada nos níveis mais altos da hierarquia, este
tipo de poder é grande junto aos gerentes senior.
Porém, o uso isolado deste
tipo de poder pode ter efeitos bastante limitados.
b) Influência: pode ser uma
fonte de poder, principalmente quando proveniente de líderes carismáticos.
É usual a visão de que a
mais importante tarefa do gerente é moldar a cultura organizacional, através da
influência, de forma que esta se adapte à estratégia das outras pessoas na organização que podem
se interessar em alcançar as mesmas características destes indivíduos.
c) Controle de Recursos
Estratégicos: é uma grande fonte de poder, mas que costuma sofrer grandes alterações
ao longo do tempo.
d) Habilidade /
Conhecimento: alguns indivíduos podem ter poder a partir de suas capacidades ou
conhecimentos, sendo considerados insubstituíveis. Outros criam uma mística
acerca de seus trabalhos, o que pode ser uma estratégia arriscada de se obter
poder, pois outras pessoas na organização podem se interessar em alcançar as
mesmas características destes indivíduos.
Implementação da Estratégia
Líderes
O desafio de se desenvolver
ou restabelecer uma estratégia clara é, antes de qualquer coisa, um problema
organizacional e depende da liderança.
Com tantas forças trabalhando contra a
realização de escolhas e trade-off's, a presença de estrutura intelectual que
guie a estratégia é necessária para contrabalançar a resistência às mudanças.
É comum observar que, em
muitas organizações, a liderança se tornou meramente a implementação de
melhoras operacionais e fazer acordos.
Uma das principais tarefas
do líder é ensinar aos outros sobre estratégia - e como dizer não, pois as
escolhas estratégicas sobre o que não se deve fazer são tão importantes sobre
as que dizem respeito ao que deve ser feito.
Cabe ao líder possuir uma
disciplina constante e facilidade de comunicação, guiando os empregados para
que estes façam escolhas devido aos trade-off's que aparecem em suas atividades
individuais e nas decisões rotineiras.
Motivação
Uma vez escolhida a
estratégia da empresa, cabe ao gerente a seguinte pergunta: " Como posso
conseguir que um funcionário faça o que eu quero ? ".
Sabe-se hoje que os fatores
envolvidos na produção da satisfação (e motivação) no trabalho são separados e
distintos dos fatores que levam à insatisfação no trabalho.
Segue-se que satisfação e
insatisfação no trabalho não são eventos antagônicos.
Devemos considerar dois
conjuntos de necessidades humanas.
Um conjunto de necessidades
pode ser visto como da própria natureza animal humano - a pulsão interna em
evitar a dor causada pelo ambiente, associada às pulsões aprendidas que ficam
condicionadas às necessidades fisiológicas básicas.
Outro conjunto está
relacionado a uma característica humana singular, a capacidade humana de
experimentar o crescimento psicológico.
Os fatores de
crescimento ou motivadores que são intrínsecos ao trabalho são: execuções,
reconhecimento pelas execuções, o trabalho em si, responsabilidade e crescimento
ou progresso.
Os fatores que evitam a insatisfação
extrínsecos ao trabalho são: política e administração da empresa, supervisão,
relacionamentos interpessoais, condições de trabalho, salário, status e
segurança.
Conclusão
Indivíduos e Grupos têm
expectativas, objetivos e necessidades que influenciam na estratégia da
organização.
Assim, o que as pessoas
desejam que uma organização faça, ou seja, pode acabar influindo em seu
planejamento estratégico.
Apesar da organização muitas
vezes precisar se adaptar a um ambiente em constante e cada vez mais acelerando
mudança, inúmera restrições limita o poder de adaptação da empresa, sendo que o
próprio contexto cultural no qual os elaboradores da estratégia se encontram o
principal limitador do espectro de estratégias possíveis.
Este trabalho procura
mostrar a dificuldade de se conciliar planejamento e elaboração da estratégia
com os interesses e as necessidades dos indivíduos; do risco de romper o
contrato psicológico; de como indivíduos e grupos obtém poder para influenciar
nos rumos da empresa.
Apesar de ser apenas uma
breve introdução a um assunto complexo e instigante, espero que este trabalho
tenha demonstrado o quão relacionado planejamento estratégico e fator humano
estão.
Pois os recursos humanos de
uma empresa são responsáveis por criar competências únicas que diferenciam
produtos e serviços - e estratégia nada mais é do que entregar ao cliente um
pacote de valor exclusivo e diferenciado.
UM PROJETO DE CAMPANHA
POLÍTICA
Vamos focar nas eleições
municipais em Pernambuco e considerar as duas eleições: a majoritária de
Prefeito/Vice-Prefeito e a proporcional de Vereadores, que são projetos
totalmente distintos, pela natureza dos cargos em disputas, pela abrangência
das campanhas, pelos investimentos realizados e pela mobilização popular.
Vale a pena falar um pouco
de planejamento estratégico e gerenciamento de projeto.
Uma eleição é um grande
projeto, projeto este que pode modificar a vida de milhares, e milhares de
pessoas, e incrementar a economia local, daí sua importância municipal.
Como ilustração vamos
utilizar o Município de Itambé na Mata Norte de Pernambuco
E dividi-los em territórios
estratégicos
Eleitorado de Itambé até
31/03/2016
Territórios
Estratégicos Total de
Eleitores
Itambé Sede 10.500
Quebec
1.500
Ibiranga 8.500
Caricé
3.500
Total -------------------------------------------
--------------------------- 24.000
Importante: Note que o
Município de Itambé ficou dividido em vários Territórios Estratégicos, e estes
constituídos por diversos Bairros.
Sendo os Bairros um conjunto
de Loteamentos do Município, e que podem ser tratados aqui, digo na campanha
eleitoral como unidades Geo–Políticas, definidas desde já, pelas suas
peculiaridades eleitorais (dentre elas, densidade eleitoral, locais de votação
e características sociocultural e
religiosas).
COORDENAÇÃO DA CAMPANHA ELEITORAL
O projeto deve ser
administrado de forma séria, profissional, competente e com muita eficiência,
para se obter os resultados esperados – a vitória.
A principal meta a ser
atingida numa eleição majoritária em qualquer lugar, é a vitória nas urnas,
elegendo o Prefeito.
E se possível, a maioria dos
vereadores a Câmara Municipal, para se obter a governabilidade política, bem
como a governança administrativa.
A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A estrutura organizacional
de uma campanha eleitoral depende dos cargos em disputa, sejam majoritários ou
proporcionais, mas independente de qualquer coisa, a organização é de
fundamental importância para o sucesso de uma eleição.
A eleição municipal é sempre bastante disputada, e normalmente
plebiscitária. São pouco os Municípios que existem a terceira via, ela é mais
comum nas capitais e nas cidades com mais de 200 mil eleitores.
E dificilmente ocorre uma
terceira via competitiva.
Inicialmente vamos sugerir
uma estrutura mínima, e em função das necessidades da execução do Projeto
Eleitoral podem-se criar algumas subestruturas, para auxiliar no dia a dia da
campanha eleitoral, principalmente na reta final.
Muitos candidatos contratam
empresas especializadas em administração de campanhas eleitorais, com
estruturas administrativas, contábil, jurídica, de comunicação, de logística,
de segurança e de eventos.
Algumas campanha funcionam
como verdadeira empresa privada.
Importante: O Coordenador
Geral da campanha e o candidato definirão as atribuições de cada Coordenadoria,
bem como o Projeto Político a ser executado em função dos apoios e suporte
financeiro.
A Eleição Majoritária é
um tipo de eleição que pela sua abrangência e magnitude exigirá com certeza uma
grande estrutura: financeira, jurídica, comunicação, apoio logístico, infraestrutura
, pessoal de apoio e informática.
E, em algumas situações até
segurança privada para os eventos realizados.
O PERÍODO DA CAMPANHA
ELEITORAL
Deve ser o menor possível.
O período ideal de uma
campanha eleitoral com a nova legislação é de 40 dias. Que pode ser divididos
em 4 períodos de 10 dias, até por que o excesso de exposição pode causar danos
a imagem do candidato e gastos desnecessários.
Até por que, qualquer
propaganda eleitoral só será permitida nos termos da Lei Eleitoral, a partir de
16 de agosto de 2016, até a antevéspera do dia da eleição.
E propaganda antes do
registro da candidatura e do prazo supra mencionado, se constitui em propaganda
extemporânea, que se configura como crime eleitoral, passível de impugnação
pelo Juízo Eleitoral.
Administrar o Tempo é Necessário !
O candidato deve administrar
de forma competente o tempo de seu dia.
Lembre-se que o dia tem 24
horas.
Algumas atividades só o
candidato pode realizar, por exemplo: a gravação do guia eleitoral, a
participação em debates, entrevistas a imprensa, comícios, dentre outras
atividades, em que o povo ou a liderança da comunidade quer um contato mais
próximo com ele. Até por que “Ele é a estrela”.
Dia da Reunião Ordinária da
Coordenação Geral
A Coordenação Geral se
reunirá para avaliação da campanha e realizar o agendamento dos compromissos,
de preferência todas as segundas-feiras à noite a partir das 19h, com os
candidatos e lideranças envolvidas na campanha eleitoral.
E no horário da manhã destas
segundas-feiras, realizar reunião restrita, envolvendo apenas a Coordenação
Geral, a majoritária e o Conselho Político da campanha, quando necessário for.
Importante: O candidato deve
aproveitar ao máximo o tempo de seu dia, e em campanha eleitoral, tempo é voto.
Por que as segundas-feiras à
noite a partir das 19h ?
Como já foi mencionado, quem
não se planeja, não se estabelece, é um velho adágio popular.
Quem não tem um projeto, é
parte do projeto de alguém.
E quando não se tem um
caminho, qualquer caminho serve.
Importante: Ao realizar as
reuniões de planejamento as segundas-feiras poderemos planejar de terça ao
domingo as ações da campanha de forma compartilhada, ouvindo os candidatos
proporcionais, bem como as lideranças da campanha.
Na eleição o tempo é
precioso mesmo !
O dia do candidato deve ser
bem aproveitado, e como sugestão, dividir o dia em intervalos de tempo, por
exemplo:
1. Das 6h às 8 h – esse
horário pode ser usado para fazer o chamado corpo-a-corpo nas feiras livres,
terminais rodoviários, nos PSF, nos colégios, nos sinais de cruzamentos das
Avenidas principais da Cidade, bem como participar de cafés da manhã com
lideranças e militância.
2. Das 12h às 14 h – esse
horário pode ser utilizado, para o almoço e descanso da militância. E o
candidato pode utilizá-lo para almoçar com as lideranças políticas e
comunitárias para fazer as costuras
políticas.
3. Nos horários das 8h às 12
h; das 14h às 18 h e das 18h às 22h, muitas atividades poderão ser realizadas a
exemplo de: reuniões, palestras, visitas, caminhadas, debates, comícios,
gravação para o guia eleitoral, participação em eventos sociais e religiosos,
bem como, tantos outros compromissos agendados.
4. A partir das 22 h não é
permitido o uso de carro de som, e comícios só até as 24 h.
Mas, o candidato
pode participar de eventos do tipo: Jantar com lideranças, visitas do tipo de
bar em bar, atividades sociais, principalmente nos sábados, domingos e
feriados.
O MARKETING POLÍTICO
A política nesse mundo
globalizado, tende a receber, no Brasil, tratamento cada vez mais sofisticado e
profissional.
Os tempos são outros, de
mudanças e inovações com tecnologias da informação crescentes e cada vez mais
exigentes, a sociedade não admite improvisações, quer resultados exitosos a
curto prazo.
Logo o marketing político,
está fadado a instalar-se definitivamente no País das eleições.
As dicas que vamos
apresentar, com certeza poderão fazer sua campanha eleitoral vitoriosa.
E vamos a essas dicas:
A - Escolher uma estratégia de marketing adequada
Que podem ser o marketing:
não diferenciado, diferenciado e concentrado.
O não diferenciado serve
para o político projetar sua mensagem de maneira massiva, dirigindo-se a todos
os segmentos sociais indistintamente.
Diferenciado é apropriado
para o político planejar sua campanha com mensagens aos diversos segmentos de
eleitores.
O concentrado é adequado
para se trabalhar especificamente determinada faixa de eleitores,
concentrando-se a força da campanha numa única faixa do mercado.
B - Definir os
segmentos–alvo e periféricos de eleitores
É tarefa importante, a
localização geopolítica do eleitorado que se quer trabalhar e a identificação
dos comportamentos do eleitor - alvo.
Levando-se em consideração
as pequenas distancias o baixo custo operacional e um grande volume de votos a
ser conquistado, é o chamado custo benefício da campanha.
Até para Lei Orgânica dos
Partidos Políticos o voto tem preço, é só acessar o Fundo Partidário.
C - Saber ler o meio
ambiente e identificar riscos e oportunidades
Procurar interpretar as
necessidades, percepções, preferências, motivações, satisfações desses grupos
é, em última análise, embasar as campanhas com fortes tons de realidade, como
por exemplo:
O despertar da consciência
política de segmentos estagnados (empresarial, estudantil, comunitários,
sociais etc).
Fortalecimento das entidades
representativas da sociedade civil organizada, os movimentos de massa, as redes
sociais, quando bem trabalhadas são fortes aliados.
D - Desenvolver um
conceito e uma identidade
Desenvolver um conceito é
agregar a filosofia política do candidato, o estilo de conduta, as qualidades,
os antecedentes, as características físicas e comportamentais, bem como as
ações do candidato no binômio - espaço x
tempo.
Candidato é um produto a ser
vendido.
Quando o produto é bom, como
diz o vendedor “ Não se vende, se tira o pedido”.
E - Evitar situações,
atos e discursos inadequados
É importante observar os
comportamentos inadequados, que abrangem o vestuário, as maneiras de se
expressar, declarações feitas, ações, apresentações pessoais, etc.
Discursos difusos,
inconsistentes, confusos, afastam o eleitor.
É necessário lembrar que
muitos eleitores votam conscientemente.
É importante lembrar alguns
fatos históricos: Roberto Magalhães perdeu a eleição
para João Paulo, e um dos
motivos - por praticar um ato obsceno (dar banana) a militância do PT em
caminhada realizada em Boa Viagem um bairro do Recife.
F - Testar o conceito
e a identidade antes do lançamento
Principalmente para os
candidatos de primeira viagem.
Para os antigos, será útil
um reexame de posições e valores que formam seu conceito.
Não é sem sentido que muitas
raposas políticas perderam eleições.
Como exemplos de: Lula,
Miguel Arraes, Brizola, Roberto Magalhães, Jarbas Vasconcelos, José Serra, Aécio
Neves, dentre outros.
G - Analisar os
concorrentes e seu perfil político
Conhecer os concorrentes,
analisar seus potenciais, suas formas de condutas e os eleitorados-alvo que
procuram atingir, constituem medidas de amplo alcance, pelas possibilidades que
oferece, pois, conhecendo bem os adversários um candidato fortalecerá sua
estratégia de atração (política/financeiro/apoios).
Em política, dependendo do
tipo de eleição, o concorrente pode estar no mesmo partido ou na mesma
coligação, principalmente quando se trata de eleições proporcionais
(Vereadores).
Com a instituição da
fidelidade partidária imposta pelo TSE, no pós-eleitoral o seu principal
concorrente – o primeiro suplente é um potencial adversário.
O patrulhamento ideológico
agora aumentou, como se não bastasse a Lei das
Cassações nº 9.840 e a
Complementar nº 135, que instituiu a Ficha Limpa.
H - Ganhar projeção
em entidades representativas de classes
É uma boa maneira de
projeção política.
Se puder receber apoio de
entidades tipos: Sindicatos dos Servidores do Município, CDL, Associações de
Moradores, Movimentos Sociais Organizados, segmentos religiosos dentre outros,
o candidato terá facilitado sua trajetória vitoriosa.
Essas entidades representam uma
gama de eleitores, que poderão se transformar em votos potenciais.
I - Ganhar a
confiança do Partido
O candidato deve ser bem
visto pelo partido, principalmente, no que concerne a fidelidade ideológica e
disciplina partidária.
A máquina partidária,
através do Fundo Partidário pode ajudar no seu sucesso eleitoral, hoje as
doações são via partidos políticos.
Alguns partidos políticos
usam como estratégia eleitoral a concentração, isto é, priorizar determinado
candidato, de determinado Município, e dar carga total em sua candidatura.
J - Definir com muito
cuidado a estratégia de comunicação
Esse deve constituir-se um
dos principais objetivos do candidato, e uma das principais ferramentas do
marketing político.
Definir o composto comunicacional
é selecionar a mídia de massa, os canais mais seletivos, os instrumentos de
promoção.
Costuma-se perder dinheiro,
e consequentemente votos, quando não se racionaliza o pacote comunicativo, os
programas de ação política deverão estar ajustados ao perfil traçado para a
campanha.
K - Preparar um bom
plano e um eficiente cronograma
É importante saber que o
candidato irá percorrer uma trajetória que passam pelas fases de: Convenção, de
desenvolvimento, pelo período de maturação e ponto de altura máxima, o pico da
eleição.
O calendário deve ser
programado para o candidato atingir o pico da maturidade no dia da eleição,
evitando assim o período de declínio ( a queda).
Lembre-se que Paulo Câmara,
apoiado por Eduardo Campos partiu de 4% e venceu Armando Monteiro, que no mesmo
período tinha 38%, e por incrível que pareça, ainda no primeiro turno das
eleições de 2014.
L - Conseguir um
sólido esquema de financiamento
O candidato precisa se
articular para conseguir um esquema de financiamento. É comum os patrocínios a
candidatos, até porque a lei eleitoral nº 9.504/97, e suas alterações permite a
doação de pessoa física.
O que não pode numa campanha
eleitoral é faltar recursos para concretizar o planejamento estabelecido
(programas).
O carisma do candidato pode
garantir um bom posicionamento, mas é duvidoso fazer vitoriosos.
Foram poucos os “mitos” na
história política do Brasil.
Os mais conhecidos foram Getúlio Vargas,
Miguel Arraes, Leonel Brizola, e agora o nosso Lula, mas lembrem-se o apoio
financeiro e político são de fundamentais importâncias.
M - Arregimentar
grupos para trabalhos voluntários
Os grupos de voluntários são
peças estratégicas de excelentes resultados nas campanhas eleitorais.
Alguns políticos já usam
essas estratégias, com grupos de amigos organizando encontros, reuniões,
visitas, caminhadas, até torneio de futebol e dominó apresentando o seu
candidato.
O candidato deve está onde o
eleitor está.
Ocupar espaço é uma
estratégia necessária em qualquer eleição.
E com a redução do tempo de
campanha e das doações, o voluntariado é uma boa saída para a crise financeira
das eleições.
N - Formar uma ampla
base de alianças
Essa base de compromisso é
extremamente eficaz para a regionalização das campanhas eleitorais.
A formação de alianças é uma
iniciativa que deve ser tomada com bastante antecedência pelo candidato e seus
assessores.
Não se pode perder tempo
neste setor. É bom lembrar que o período das convenções é de 20 de julho a 05
de agosto. Em 15 de agosto é o registo de candidaturas, e daí para frente é só
eleição.
Uma base partidária ampla,
significa mais tempo no guia eleitoral, mais mídia institucional - as chamadas
inserções de 30 segundos, e mais
importante, o palanque eletrônico, que
hoje é quem vem decidindo as eleições.
O – Escolher equipes
profissionais de assessores
É bom lembrar que equipes
profissionais que administram campanhas eleitorais veem os candidatos como um
produto, que devem ser bem vendidos para ter sucesso e planejam as medidas
necessárias para isto, sem erros ditados por paternalismo, achismo ou
emocionalismo.
Para certas tarefas o
candidato poderá se utilizar dos familiares e amigos.
Mas de um modo geral é um
perigo deixar a campanha em mãos amadoristas.
P – Ter disposição e
método de trabalho
A partir do momento que
decide se candidatar o político se transforma numa espécie de ser coletivo.
Logo, deverá ter disposição
para participar de todos os acontecimentos sociais e significativos na sua base
eleitoral.
O bom candidato não perde
tempo, está sempre presente em todos os momentos políticos e sociais de relevo.
É importante ser assíduo,
pontual e obediente a sua assessoria.
Pois quem não se planeja, não se estabelece,
diz o ditado popular.
Q – Conhecer as
pesquisas de opinião, mas não se impressionar
O mais importante é não se
impressionar com os resultados das pesquisas, sejam elas favoráveis ou não.
Se a pesquisas merecem
crédito, os resultados contribuirão para ajustar a campanha.
Quando as pesquisas
influenciam o ânimo do candidato, o sinal vermelho do perigo se acende.
A frieza, nesses casos, é de
fundamental importância.
Lembre-se que a pesquisa
mede o desempenho do candidato naquele momento, logo um fato novo pode mudar o
cenário eleitoral totalmente.
R – Realizar
periódicas avaliações de desempenho
É importante identificar
periodicamente os pontos fortes e fracos da campanha, bem como os pontos fortes
e fracos dos concorrentes, é medida mais que necessária.
Essas avaliações são feitas
pela equipe de assessores.
S – Ter flexibilidade
e exibir jogo de cintura
Como a política é a arte de
engolir sapos, como dizia Leonel Brizola.
O político é um ser flexível
por essência.
Adapta-se às circunstâncias, veste-se de
acordo, toma café da manhã com militantes, batiza filhos de amigos, solta
preso, dá carta de recomendação para empregos.
Logo a flexibilidade é uma
marca da campanha de qualquer candidato.
T – Desenvolver boa
presença em comícios
O candidato deve procurar
desenvolver certas habilidades no trato com a palavra.
Conhecendo o tipo de público
que o assiste, será possível desenvolver uma linguagem adequada aos ouvintes.
Exige-se boa presença até
nos comícios-relâmpagos, palco adequado para frases de efeitos e massificação
da campanha.
Com o fim das apresentações
de artistas em eventos eleitorais, levar o povo ao comício é tarefa das mais
árduas nos dias de hoje.
U – Preparar-se para
debates na mídia
As eleições serão fortemente
influenciadas pela mídia eletrônica.
A cadeia de TV e rede de
rádio, para muitos candidatos, serão fortes eleitores.
Preparar-se para enfrentar
debates na TV, nas universidades, nas associações e nas rádios é medida de bom
senso.
Papers especializados, preparados
pela assessoria, constituem um bom indicativo.
O debate é a oportunidade
que tem o candidato para tirar partido das fraquezas dos adversários e
conquistar os votos necessários a sua vitória.
V – Alcançar pontos
de equilíbrio em todos os programas
A tendência de alguns
candidatos é reforçar certos programas, de acordo com sua personalidade e
valores.
O ideal é perseguir pontos
de equilíbrio em todos eles, formando uma homogeneidade necessária à eficácia
da campanha.
É claro que tudo isso
depende das regiões de sua atuação e do cronograma da campanha.
X – Convergir os
enfoques, os apelos e os materiais para um mesmo ponto
Cuidados devem se tomar para
que a massa de apelos não prejudique a unicidade do discurso.
O leque de situações
variadas tende a fragmentar a direção de uma campanha.
Z – Fazer uma boa
comemoração ou preparar-se para a próxima campanha
Tudo terminado, o jeito é
comemorar.
E comemorar faz parte do
MARKETING POLÍTICO.
Se nada der certo, não deve
o candidato esmorecer.
O bom político, no dia
seguinte à eleição, está trabalhando para a próxima batalha.
Portanto, mãos à obra.
Mas, esperamos que tudo dê
certo.
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