terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

ELEIÇÕES DE 2018


A abstenção nas eleições tende a aumentar
 
Por: Ilo Jorge de Souza Pereira
Especialista em Gestão Pública e Política
 
“Envelhecimento do eleitorado explica ¼ da abstenção”
 
Nas eleições de 2014, as primeiras desde a onda de protestos que marcou o ano anterior, a taxa de abstenção foi a mais alta desde 1998.

Parte significativa desse fenômeno não teve relação direta com revolta ou desencanto com a política, mas com um processo natural: o envelhecimento do eleitorado.
 

Esse fator terá um peso ainda maior na votação deste ano.
Números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obtidos pelo Estadão Dados revelam que o comparecimento às urnas desaba depois que os eleitores completam 70 anos, idade em que o voto passa a ser opcional.

Em alguns Estados, a taxa de abstenção nessa faixa etária é mais do que o triplo da registrada entre quem tem 18 e 69 anos. 

No caso da mais recente eleição presidencial, a idade explica 25% da abstenção: um em cada quatro dos eleitores que não apareceram para votar tinha mais de 70 anos, segundo os dados do TSE referentes ao primeiro turno.

Em números absolutos, foram quase 6,9 milhões de idosos ausentes.
Estão incluídos nessa conta os idosos que ainda constam do cadastro de votantes, mas que já faleceram ou mudaram de cidade – uma quantidade desconhecida, que é expurgada de tempos em tempos dos registros oficiais, quando os eleitores são convocados a se recadastrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário