Com
base numa fiscalização feita pelo Tribunal de Contas de Pernambuco, a
polícia civil do Estado desencadeou na manhã desta sexta feira (21) a
operação "Comunheiro II", com o objetivo de prender um grupo suspeito de
envolvimento em crimes como fraude de licitação e lavagem de dinheiro
nos municípios do Grande Recife e Mata Norte.
De
acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, delegado Joselito
Kehrle, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a 40 milhões de
reais. As fraudes
partiam de empresas do ramo alimentício e prestadoras de serviço, que
forneciam alimentos estragados para as escolas públicas municipais.
"Eles combinavam as licitações para uma das empresas integrantes do
grupo vencer e ficavam com 15% do total do dinheiro entregue pelo poder
público. Uma das empresas, sozinha, faturou R$ 38 milhões”, afirmou o
delegado.
“Primeiro, os envolvidos nos crimes ofereciam amostras de boa
qualidade dos alimentos para as prefeituras. Depois, entregavam produtos
fora do prazo e com data adulterada. Era carne podre”, declarou.
Foram
cumpridos 07 mandados de prisão, 26 de busca e apreensão domiciliar e
12 mandados de condução coercitiva. Entre os presos estão empresários,
ex-servidores e servidores da Câmara Municipal de Carpina e da
prefeitura de Buenos Aires.
A polícia solicitou também bloqueio judicial
de contas bancárias e a decretação judicial da proibição das empresas
citadas contratarem com o poder público. O trabalho contou com a
participação de delegados, agentes e escrivães da polícia e auditores do
TCE.
AUDITORIA -
A auditoria (processo TC nº 15100287-3), que deu origem ao trabalho da
polícia foi feita pela equipe da Inspetoria Regional Metropolitana Norte
e apontou indícios de desvio de recursos públicos na prestação de
contas anual da Câmara Municipal de Carpina e conduta inadequada do
presidente da Casa.
Entre as irregularidades identificadas pelos
auditores estão, a realização de despesas sem comprovação, indícios de
montagem dos processos licitatórios, e contratação de empresas sem a
devida qualificação técnica.
O trabalho, que teve a relatoria da conselheira Teresa Duere, resultou na abertura de procedimentos investigatórios pelo Ministério Público do Estado e de inquérito administrativo na Caixa Econômica Federal para apurar a responsabilidade do gerente em indícios de favorecimento às ilicitudes cometidas pelos agentes públicos.
O trabalho, que teve a relatoria da conselheira Teresa Duere, resultou na abertura de procedimentos investigatórios pelo Ministério Público do Estado e de inquérito administrativo na Caixa Econômica Federal para apurar a responsabilidade do gerente em indícios de favorecimento às ilicitudes cometidas pelos agentes públicos.
A primeira etapa da Operação Comunheiro aconteceu em março deste ano. Três pessoas foram presas.
Abaixo nota da Secretaria de Defesa Social:
A
Secretaria de Defesa Social, através da Polícia Civil de Pernambuco, no
âmbito do Pacto pela Vida, desencadeou na manhã desta sexta feira (21) a
26ª Operação de Repressão Qualificada de 2017, denominada "Comunheiro
II", com o objetivo de prender pessoas suspeitas de integrarem uma
Associação Criminosa, envolvida em crimes licitatórios e de lavagem de
dinheiro*. O dano ao erário pode chegar a R$ 40.000.000,00.
Serão
cumpridos 08 mandados de prisão, 26 mandados de busca e apreensão
domiciliar e 12 mandados de conduções coercitivas, além do bloqueio
judicial de contas bancárias e a decretação judicial da proibição das
empresas citadas contratarem com o poder público. As medidas cautelares,
foram expedidas pelo juízo da 1a Vara Criminal da Comarca de Carpina.
As
investigações foram efetuadas pela Delegacia de Crimes Contra a
Administração e Serviços Públicos - DECASP da Diretoria Integrada
Especializada - DIRESP, sob a presidência do delegado Izaias Novaes,
assessorados pelo Núcleo de Inteligência da DECASP e Diretoria de
Inteligência da Polícia Civil-DINTEL.
Na execução do trabalho operacional, participaram 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de auditores do TCE. A operação acontece nas cidades de Recife, Carpina, Olinda, São Lourenço da Mata, Paudalho, Buenos Aires e na ilha de Itamaracá.
A operação é supervisionada pela Chefia de Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Especializada-DIRESP. A investigação contou com o apoio do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco-TCE e Controladoria Geral da União-CGU.
As informações preliminares serão repassadas às 07h na sede do DEPATRI pelo Chefe de Polícia, Delegado Joselito Kehrle do Amaral.
Na execução do trabalho operacional, participaram 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de auditores do TCE. A operação acontece nas cidades de Recife, Carpina, Olinda, São Lourenço da Mata, Paudalho, Buenos Aires e na ilha de Itamaracá.
A operação é supervisionada pela Chefia de Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Especializada-DIRESP. A investigação contou com o apoio do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco-TCE e Controladoria Geral da União-CGU.
As informações preliminares serão repassadas às 07h na sede do DEPATRI pelo Chefe de Polícia, Delegado Joselito Kehrle do Amaral.
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