domingo, 10 de setembro de 2017

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL – PARTE 4



Por: Ilo Jorge de Souza Pereira
Especialista em Gestão Pública e Política.

O LIXO URBANO DO DIA A DIA

Este estudo abordou o tema Políticas Públicas: Lixo e Cidadania, o conceito de Política Pública e sua efetividade em relação ao meio ambiente; os desafios que enfrentam os municípios e um breve relato sobre a participação da sociedade.
Um dos grandes problemas das cidades é o nosso lixo de cada dia. A quantidade de rejeitos vem crescendo e se modificando. O crescimento se deve tanto ao aumento da população quanto da melhoria de condições financeiras. A mudança do tipo de lixo depende principalmente dos novos materiais incorporados pela tecnologia, como os diversos tipos de plásticos e embalagens.
1 INTRODUÇÃO
O lixo jogado em lixões, a céu aberto, responde pela possibilidade de contaminação de lençóis freáticos, pela proliferação de insetos e de roedores, por diversas doenças e nas grandes capitais responsáveis por alagamentos devido aos entupimentos nas galerias, dentre outros.
O aumento populacional nas cidades, aliado a uma sociedade extremamente consumista, faz gerar vários problemas ambientais. O lixo urbano é um desses problemas, ele pode ser de origem domiciliar (sobras de alimentos, papéis, plásticos, vidros, papelão), origem industrial (apresenta constituição variada, entre gasosa, líquida ou sólida), o hospitalar (seringas, agulhas, curativos, gazes, ataduras, peças atômicas, etc.) e o lixo desse século: o tecnológico (pilhas e aparelhos eletrônicos em geral).
A destinação final do lixo nem sempre ocorre de forma correta, o lixo hospitalar, por exemplo, deve ser incinerado, queimado em forno de micro-ondas ou tratado em autoclave (esterilização por meio de vapores) e ser isolado da população, porém, parte desse lixo é depositada em lixões a céu aberto, o que pode causar a proliferação de doenças e causar uma série de prejuízos a população.
Mas não é só o lixo hospitalar que gera problemas para a população e o meio ambiente, durante o processo de decomposição da parte orgânica biodegradável do lixo (restos de alimentos) ocorre a liberação de gases poluentes, o que ocasiona a poluição do ar, além do chorume (liberação da umidade contida nos resíduos orgânicos), que polui o lençol freático.

O lixão desprovido de estrutura ideal para tratamento do lixo tem como consequências: a poluição do solo, das águas superficiais e subterrâneas, além da poluição atmosférica. Outro agravante é a proliferação de doenças como diarreia, amebíase, parasitose, entre outras.

O destino adequado para o lixo urbano é por exemplo, o aterro sanitário, com estrutura para o tratamento dos gases e do chorume. Outra alternativa é a incineração, que também deve conter sistemas de tratamento para os gases liberados. Mas o processo de incineração e a implantação de aterros sanitários para o tratamento de grandes quantidades de lixo são caros, por isso é necessário que haja a conscientização da população, de forma que produza menos lixo, o que pode ocorrer através de ações como a coleta seletiva e a reciclagem.

A coleta seletiva do lixo é uma prática fácil e que contribui bastante para a redução do lixo destinado aos aterros. Outra solução para o lixo é a reciclagem, uma forma de colaborar com o meio ambiente e obter dinheiro.
 
No Brasil, aproximadamente 80% das latinhas de alumínio são recicladas, contribuindo para a redução de utilização da bauxita, que é a matéria prima necessária para se obter as latas de alumínio. Mas a principal atitude a ser tomada é a redução do consumismo e do desperdício.
2 CONCLUSÃO
Nos primórdios, segundo a história, os primeiros homens eram nômades, logo, moravam em cavernas; sobreviviam da caça e da pesca; vestiam-se de peles e, decerto, formavam clãs, ou seja, compunha-se de uma população minoritária em relação à existente no mundo atual.
 
Quando a comida começava a escassear, a clã se mudava de região, a região e seus lixos, deixados pra trás a cargo do meio ambiente, sendo decompostos sob a ação do tempo.

A medida que o homem foi civilizando-se passou a produzir peças para promover seu conforto: vasilhames de cerâmica, instrumentos para a caça e para o plantio, roupas mais apropriadas. Desenvolveu outros hábitos, como construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar como ser social, agora, de forma permanente. Entretanto, a produção de lixo se fazia presente, consequentemente, ia aumentando, mas ainda não se constituía como um problema mundial, por ser decorrente de uma população inexpressiva diante do universo.
 
Naturalmente, esse desenvolvimento foi se acentuando paulatinamente. E a população humana através dos séculos aumentava gradativamente e, com o advento da revolução industrial possibilitou um salto a produção em série de bens e de consumo, gerando uma problemática de geração e o descarte de lixo tomou um grande impulso, ocasionando o início do desequilíbrio atmosférico.

No entanto, esse fato não causou tanta preocupação, pois o que estava em alta era o desenvolvimento industrial, não suas consequências.

E foi a partir da segunda metade do século XX que se iniciou uma reviravolta, ou seja, a gênese da globalização. E foi nesse momento, que a humanidade passou a se preocupar mais com o planeta, tanto pela abertura da camada de ozônio e o aquecimento global, da Terra, despertou maior atenção da população mundial sobre os acontecimentos no meio ambiente.

Nesse despertar, a questão tornou-se matéria de discussão na atualidade, pondo ao fato gerador um delicado cuidado aonde a natureza pode ficar propensa às adversidades, seja de ordem sísmica e/ou climática. Outro indicador de discussão fica por conta da destinação final do lixo. Portanto, ambas as situações tornaram-se matérias de estudos científicos, e que devem ser vistas com certa atenção, pela comunidade mundial, infelizmente, até hoje, não está sendo visto como gravidade, esperando uma urgência expressiva, da sociedade.
 
No entanto, o lixo tido como um vilão da natureza pode tornar-se um indicador curioso no desenvolvimento sustentável na economia de uma nação.

Ao passo em que a economia fica acelerada, mais sujeira será produzida, o que indica o crescimento de um país, aonde o consumismo torna-se cada vez maior. Daí, o problema ganha uma proporção cada vez mais perigosa, diante do perfil apresentado no lixo e o descarte do material industrializado, como já citado.
Portanto, na metade do século, a composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, ou seja, de restos de comida.

Com o avanço tecnológico, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas se faz mais presente na coleta de lixo. Como exemplo, há cinquenta anos atrás, as fraldas de tecidos eram muito utilizadas nos bebês, e não eram descartadas com frequência, as sopinhas eram feitas em casa e o leite mantido em garrafas reutilizáveis. Hoje, o cenário curioso é gerado no condicionamento da vida de um bebê moderno a começar pelo uso das fraldas descartáveis, da sopa em potinhos, além do leite embalado em Tetrapak (embalagens acondicionadas por papelão e revestidas de alumínio) nem sempre são reciclados, sem contar com os produtos de higiene; ao final de uma semana de vida, o lixo produzido por um bebê equivale a um volume quatro vezes maior que o seu tamanho natural.
 
Um dos maiores problemas do lixo é o que a grande parte das pessoas pensa: basta jogar o lixo fora e o problema da sujeira está solucionado, não sabem que a partir daí se inicia o problema em relação ao comprometimento do ecossistema.

Lixo é o nome comum dado aos resíduos sólidos, Isto é, são restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Alguns se apresentam no estado sólido, semi sólido ou semilíquido, ambos, participantes de conteúdos insuficientes para que o líquido possa fluir sem ser pressionado na natureza. No entanto, nestas circunstâncias de controle, como pode o ser humano ser considerado cidadão?

De acordo com a Constituição Cidadã, de 1988, ser cidadão, em sua essência, é se respeitar e participar das decisões propostas por uma sociedade para melhorar sua qualidade de vida e das outras pessoas. É nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e, dos meios de comunicação para promoção do bem estar comum e do desenvolvimento de uma nação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário