O prazo para que candidatos
e partidos captem recursos na rede começou na semana passada e vai
até 5 de outubro. O limite para doação diária por pessoas
físicas é de R$ 1.064,10 e não pode ultrapassar 10% da renda
bruta registrada na prestação de contas do Imposto de Renda em
2017.
Os candidatos e partidos
devem escolher entre 20 sites registrados pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para receber as doações. O sistema foi aprovado na
minirreforma eleitoral em 2015 e será testado pela primeira vez.
O pré-candidato a
presidente João Amoêdo do Novo saiu na frente dos concorrentes. Em
dois dias, 607 pessoas de 23 estados doaram R$ 80,3 mil, média de
R$ 132 por doador.
Manuela D’Ávila do PCdoB
ficou em segundo lugar, com R$ 34,6 mil arrecadados. A meta do
partido é captar R$ 150 mil nos próximos meses.
“Ajude a Manu a levar as
propostas do PCdoB para todo canto do Brasil”, diz a pré-candidata
na página com o link para doações.
Álvaro Dias do Podemos foi
o terceiro. Mobilizou 20 doadores até a última sexta-feira e
obteve R$ 1,8 mil. Em quarto lugar, Geraldo Alckmin captou para o
PSDB, não para sua candidatura, cerca de R$ 1 mil no primeiro dia.
Apesar
do ceticismo dos eleitores, os partidos de esquerda apostam na
fidelidade da sua militância para encher o cofrinho. PT, PSOL, PDT
e Rede ainda estão avaliando a melhor forma de lançar suas
plataformas de arrecadação. Por enquanto, também deverão fazer
vaquinhas virtuais apenas para o partido e não para os candidatos.
O
PT deve começar a operar sua plataforma de captação na próxima
semana. Com ou sem Lula, o secretário nacional de finanças do PT,
Emídio de Souza, aposta que a militância aguerrida não vai deixar
o partido na mão: “É uma forma nova que nunca foi testada. Mas,
como o PT tem a liderança política mais forte do país, as pessoas
se dispõem a contribuir. Qualquer quantia será muito bem-vinda.
Com esse gesto, os eleitores reforçam seu compromisso”.
O PSOL espera repetir, com
o pré-candidato Guilherme Boulos, a experiência bem-sucedida da
candidatura de Marcelo Freixo na campanha pela prefeitura do Rio, em
2016, quando ele captou em doações voluntárias cerca de R$ 2,5
milhões. “Vamos fazer uma campanha transparente. Pode ter certeza
de que nossa vaquinha vai para o pasto. Já a de outros vai para o
brejo”, ironiza o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
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