quinta-feira, 24 de maio de 2018

NO AR, VAQUINHA POLÍTICA JÁ TEM DOIS LÍDERES



    O prazo para que candidatos e partidos captem recursos na rede começou na semana passada e vai até 5 de outubro. O limite para doação diária por pessoas físicas é de R$ 1.064,10 e não pode ultrapassar 10% da renda bruta registrada na prestação de contas do Imposto de Renda em 2017.
    Os candidatos e partidos devem escolher entre 20 sites registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para receber as doações. O sistema foi aprovado na minirreforma eleitoral em 2015 e será testado pela primeira vez.
    O pré-candidato a presidente João Amoêdo do Novo saiu na frente dos concorrentes. Em dois dias, 607 pessoas de 23 estados doaram R$ 80,3 mil, média de R$ 132 por doador.
    Manuela D’Ávila do PCdoB ficou em segundo lugar, com R$ 34,6 mil arrecadados. A meta do partido é captar R$ 150 mil nos próximos meses.
    “Ajude a Manu a levar as propostas do PCdoB para todo canto do Brasil”, diz a pré-candidata na página com o link para doações.
    Álvaro Dias do Podemos foi o terceiro. Mobilizou 20 doadores até a última sexta-feira e obteve R$ 1,8 mil. Em quarto lugar, Geraldo Alckmin captou para o PSDB, não para sua candidatura, cerca de R$ 1 mil no primeiro dia.
    Apesar do ceticismo dos eleitores, os partidos de esquerda apostam na fidelidade da sua militância para encher o cofrinho. PT, PSOL, PDT e Rede ainda estão avaliando a melhor forma de lançar suas plataformas de arrecadação. Por enquanto, também deverão fazer vaquinhas virtuais apenas para o partido e não para os candidatos.

    O PT deve começar a operar sua plataforma de captação na próxima semana. Com ou sem Lula, o secretário nacional de finanças do PT, Emídio de Souza, aposta que a militância aguerrida não vai deixar o partido na mão: “É uma forma nova que nunca foi testada. Mas, como o PT tem a liderança política mais forte do país, as pessoas se dispõem a contribuir. Qualquer quantia será muito bem-vinda. Com esse gesto, os eleitores reforçam seu compromisso”.

    O PSOL espera repetir, com o pré-candidato Guilherme Boulos, a experiência bem-sucedida da candidatura de Marcelo Freixo na campanha pela prefeitura do Rio, em 2016, quando ele captou em doações voluntárias cerca de R$ 2,5 milhões. “Vamos fazer uma campanha transparente. Pode ter certeza de que nossa vaquinha vai para o pasto. Já a de outros vai para o brejo”, ironiza o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).


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