As disputas eleitorais começam bem antes dos prazos definidos pelo calendário oficial do TSE. Com a redução do período de campanha eleitoral a legislação flexibilizou a prática de vários atos de construção política da imagem do pretenso candidato às eleições municipais e atos de sua pré-campanha eleitoral; o TSE deu uma virada na jurisprudência e fixou novas balizas com relação à propaganda antecipada, possibilitando a prática antecipada de uma série de ações que antes eram proibidas.
O pretenso candidato que deixar a construção e a divulgação da sua imagem e difusão de suas ideias políticas para o período eleitoral ou para as vésperas das eleições vai ficar para trás desse PENTATLO.
E vamos a algumas dicas para reflexão!
1. sobre a prática de atos de pré-campanha eleitoral;
2. sobre o que é permitido e o que é proibido na construção e divulgação da imagem política dos candidatos;
3. sobre como gerir a reputação do pré-candidato e utilizar os mecanismos de combate a informações falsas e desinformação, e;
4. sobre como identificar os abusos e utilizar mecanismos para frear a prática de ilícitos por parte dos adversários.
As regras de filiação e desfiliação
As regras de filiação e desfiliação para ser candidato nas Eleições Municipais de 2024. A filiação a uma agremiação partidária é um dos requisitos previstos na Constituição Federal para que a candidata ou o candidato sejam eleitos.
É necessário, ainda, ter nacionalidade brasileira, possuir alistamento eleitoral e domicílio na região de candidatura, entre outras exigências.
Os critérios para filiação e desfiliação partidária
A Lei Federal nº 9.096 - Lei dos Partidos Políticos estabelece que só pode se filiar a uma sigla quem estiver em pleno gozo dos seus direitos políticos.
Para concorrer, a candidata ou o candidato deve estar filiado a alguma agremiação partidária até seis meses antes da data fixada para as eleições em 2024, o pleito municipal ocorrerá em 6 de outubro.
Filiação
A filiação é considerada aprovada com o
atendimento dessas regras. Assim que deferido internamente o pedido de
filiação, o partido deverá inserir os dados do filiado no sistema eletrônico da
Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para
arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para
efeito de candidatura a cargos eletivos.
Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a Justiça Eleitoral deverá intimar pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe ciência da saída do filiado.
A partir daí, passam a ser contados os prazos para ajuizamento de eventuais ações. Quando houver mais de uma filiação, prevalecerá aquela mais recente, sendo que a Justiça Eleitoral determinará o cancelamento das demais.
Desfiliação
Para se desligar do partido, o filiado deve comunicar por escrito à direção municipal da legenda e ao juiz eleitoral da zona em que estiver inscrito. O vínculo é considerado extinto dois dias após a data de entrega da comunicação.
A filiação é imediatamente cancelada em cinco diferentes situações: morte, perda dos direitos políticos, expulsão da sigla, outras formas previstas no estatuto (com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de 48 horas da decisão) e filiação a outro partido (desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva zona eleitoral).
Perda de mandato
A legislação prevê ainda que o detentor de cargo eletivo que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi eleito perderá o mandato. As hipóteses de desfiliação devidamente justificada são: o desvio reiterado do programa partidário; a grave discriminação política pessoal; e a mudança de agremiação no período da chamada “janela partidária”. Ou seja, as mudanças de legenda que não se enquadarem nesses motivos podem levar à perda do mandato.
Janela partidária
A Reforma Eleitoral de 2015, produzida pela Lei Federal nº 13.165, instituiu a chamada “janela partidária”, é um prazo de 30 dias que antecede a data-limite de filiação para concorrer à eleição, a fim de que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato.
E nas eleições de 2024, essa “janela” será aberta no período de 7 de março a 5 de abril, quando os vereadores e as vereadoras poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.
Em 2018, o TSE decidiu que só pode usufruir
da janela partidária a pessoa eleita que esteja no término do mandato vigente.
Isso significa que vereadores só podem migrar de partido na janela destinada às
eleições municipais, e deputados federais e estaduais naquela janela que ocorra
seis meses antes das eleições gerais.
Um
pouco de história
No século XIX, com o crescimento dos
sistemas democráticos partidários, líderes de partidos começaram a ganhar destaque e proeminência; nos Estados
Unidos, Abraham Lincoln
e Andrew Jackson
foram mestres em criar uma
“marca” pessoal muito forte, embora de maneiras muito diferentes.
Lincoln é muitas vezes idealizado como o “Salvador
da União” e o “Grande Emancipador”, enquanto Jackson
é lembrado como um “homem do povo”, um líder
forte e decidido.
As imagens
têm raízes profundas na psique americana, mas
apelam para diferentes ideais e valores.
Com o surgimento
da mídia de massa, incluindo rádio e televisão, no século XX, aumentou a visibilidade e o impacto dos políticos.
Líderes carismáticos como Franklin
D. Roosevelt e Winston Churchill, no contexto do marketing político, foram pioneiros no uso de novas formas de mídia para moldar a opinião pública.
A política nesse mundo globalizado, tende a receber,
no Brasil, tratamento
cada vez mais sofisticado e profissional.
Os tempos são outros, de mudanças e
inovações com tecnologias da informação crescentes
e cada vez mais exigentes, a sociedade não admite improvisações, quer resultados exitosos, sempre a curto prazo.
Logo
o marketing político,
está fadado a instalar-se definitivamente no País das eleições
a cada dois anos, que movimenta uma fábula bilionária de recursos públicos e
privados.
As dicas que vamos apresentar, com
certeza poderão fazer sua campanha eleitoral
vitoriosa.
E vamos as nossas dicas
A - Escolher
uma estratégia de marketing adequada
Que
podem ser o marketing: não diferenciado, diferenciado e concentrado.
O não diferenciado serve para o
político projetar sua mensagem de maneira massiva, dirigindo-se a todos os segmentos sociais indistintamente.
Diferenciado é apropriado para o político
planejar sua campanha
com mensagens aos diversos segmentos
de eleitores.
O concentrado é adequado para se trabalhar
especificamente determinada faixa de eleitores, concentrando-se a força da campanha
numa única faixa do mercado.
B - Definir os segmentos–alvo e periféricos de eleitores
É tarefa importante, a localização
geopolítica do eleitorado que se quer trabalhar e a identificação dos comportamentos do eleitor - alvo.
Levando-se em consideração as pequenas
distâncias, o baixo custo operacional e um grande volume de votos a ser conquistado, é o chamado
custo benefício da campanha.
As redes sociais são grandes aliados nesse momento.
Até para Lei Orgânica dos Partidos
Políticos o voto tem preço, é só acessar o Fundo Partidário no site do TSE e constatar. E nas últimas eleições
brasileiras funcionou muito bem o propalado FUNDÃO – Fundo Público
de Financiamento de Campanha. E para as eleições de
municipais de 2024, a Lei das Diretrizes Orçamentárias da União, destinou aos
partidos políiticos, para custear as eleições municipais a bagatela de 5 bilhões de reais.
C - Saber ler o meio ambiente e identificar riscos
e oportunidades
Procurar interpretar as necessidades, percepções, preferências, motivações, satisfações desses grupos é, em última análise, embasar as
campanhas com fortes tons de realidade, como por exemplo:
O despertar da consciência política de
segmentos estagnados e revoltados com a classe política, dentre eles - (empresarial,
estudantil, comunitários, sociais, e etc).
Fortalecimento das entidades representativas da sociedade civil organizada, os movimentos
de massa, as redes sociais, quando bem trabalhadas são fortes aliados. O que não nos falta são exemplos
nas redes sociais
– os militantes de Bolsonaro e Lula vivem em eterna disputa, pelo poder das
mídias fidigitais.
D - Desenvolver um conceito
e uma identidade
Desenvolver um conceito é agregar a filosofia política
do candidato, o estilo de conduta, as qualidades, os antecedentes, as características físicas
e comportamentais, bem como as ações do candidato no binômio - espaço x tempo.
Candidato é um produto
a ser vendido.
Quando o produto é bom, como diz o vendedor “Não se
vende, se tira o
pedido” e se espera pela entrega,
sendo as redes sociais um forte aliado, para se masssificar o perfil do
cadidato.
E - Evitar situações, atos e discursos inadequados
É importante observar os
comportamentos inadequados, que abrangem o vestuário, as maneiras de se expressar, declarações feitas, ações, apresentações pessoais,
dentre outras…..
Lembrem-se que: discursos difusos,
inconsistentes, confusos, só afastam o eleitor.
É necessário lembrar que muitos
eleitores votam conscientemente. E que o País está dividido pelas ideologias, direita versus esquerda, democracia
versus ditadura, e por aí vai.
É importante lembrar alguns fatos
históricos aqui em Pernambuco, por exemplo: Roberto Magalhães perdeu a eleição para João Paulo, e um dos motivos foi -
por praticar um ato obsceno (dar uma banana) a
militância do PT, quando esta realizava uma caminhada em Boa Viagem,
um bairro do Recife.
E lembrar sempre o que pode e não pode
ser realizado nas fases: Pré–Campanha e Campanha propriamente dita, após o
registro, no que concerne principalmente a propaganda eleitoral extemporânea.
F - Testar
o conceito e a identidade antes do lançamento
Principalmente para os candidatos de primeira viagem e para o cargo majoritário de
prefeito.
Para
os antigos, será útil um reexame de posições e valores que formam seu conceito na sua trajetória política.
Não
é sem sentido que muitas
raposas políticas perderam
eleições
Como exemplos de: Lula, Miguel
Arraes, Brizola, Roberto
Magalhães, Jarbas Vasconcelos, José Serra, Aécio Neves, dentre
outros.
G - Analisar os concorrentes e seu perfil político
Conhecer os concorrentes, analisar
seus potenciais, suas formas de condutas e os
eleitorados-alvo que procuram atingir, constituem medidas de amplo
alcance, pelas possibilidades que oferece, pois, conhecendo bem os adversários, um candidato fortalecerá sua estratégia de atração
(política/financeiro/apoios).
Em política, dependendo do tipo de
eleição, o concorrente pode estar no mesmo partido, principalmente quando se trata de eleições
proporcionais (Vereadores).
Com a instituição da fidelidade
partidária imposta pelo TSE, no pós-eleitoral o seu principal concorrente – o primeiro
suplente é um potencial adversário.
O patrulhamento ideológico agora aumentou, como se não bastasse a Lei das Cassações nº 9.840
e a Complementar nº 135, que instituiu a Ficha Limpa.
E ter um cuidado especial com o
partido político ou a federal de partidos políticos, que você vai se filiar, e
principalmente quanto ao registro da cota de gênero de 30%, pois ainda está
acontecendo cassação de chapas de vereadores no Brsil inteiro.
H - Ganhar projeção em entidades representativas de classes
É uma boa maneira de projeção política e eleitoral.
Se puder receber apoio de entidades
tipos: Sindicatos dos Servidores do Município,
CDL, Associações de Moradores, Movimentos Sociais Organizados, segmentos
religiosos dentre outros,
o candidato terá facilitado sua trajetória vitoriosa.
Essas
entidades representam uma gama de eleitores, que poderão se transformar em votos potenciais e fidelizados.
I - Ganhar
a confiança do Partido
O candidato deve ser bem visto pelo
partido ou federação de partidos, principalmente, no que concerne a fidelidade ideológica e
disciplina partidária.
A máquina partidária, através do Fundo
Partidário e do Fundão pode ajudar no seu sucesso eleitoral, hoje as doações são públicas
via partidos políticos, bem como de pessoas físicas.
Alguns partidos políticos usam como estratégia eleitoral a “concentração”, isto é, priorizar
determinado candidato, de
certo Município, e dar carga total em sua postulação.
E agora esse fato torna-se mais claro e latente com a redução das vagas dos
candidatos por partidos e federações partidárias. Vale lembrar, que se o número
de Vereadores de certo município é 9. Então o número máximo de candidatos que
poderão ser registrados por partidos e federações partidárias é 10.
J - Definir com muito cuidado a estratégia de comunicação
Esse deve constituir-se um dos principais objetivos do candidato, e uma das principais
ferramentas do marketing político.
Definir o composto comunicacional é
selecionar a mídia de massa, os canais mais seletivos, os instrumentos de promoção, principalmente as redes sociais.
Costuma-se perder dinheiro, e consequentemente votos,
quando não se racionaliza o pacote
comunicativo, os programas de ação política deverão estar ajustados ao perfil traçado
para a campanha.
K - Preparar um bom plano e um eficiente cronograma
É importante saber que o candidato irá
percorrer uma trajetória, uma verdadeira MARATONA, que passam pelas fases de: Filiação,
Pré Campanha Eleitoral, Convenção, Campanha Eleitoral
propriamente dita e finalmante
a prestação de contas. É como se fosse uma prova de atletismo
do tipo PENTATLO - competição que inclui CINCO modalidades
esportivas bastante diferentes. Uma campanha passa por desenvolvimento, período
de maturação e ponto de altura máxima, que é o pico o “dia da eleição”.
O calendário deve ser programado para
o candidato atingir o pico da maturidade no dia
da eleição, evitando assim o período de declínio (a queda). Conforme aprendemos nas aulas de
física no ensino médio “Tudo que sobe, desce”. E para “toda força de ação,
haverá uma força de reação, que atuará na mesma direção e em sentido oposto”.
São as leis do movimneto.
Lembre-se que Paulo Câmara, apoiado
por Eduardo Campos partiu de 4% e venceu Armando
Monteiro, que no mesmo período tinha 38%, e por incrível que pareça, ainda no primeiro turno das eleições de 2014.
E nas eleições em Pernambuco de 2022,
para governador ocorreu um fato semelhante. Marília Arraes liderou a campanha e
Raquel Lyra, sempre nas pesquisas de opinião ocupando a terceira colocação. A
morte do marido de Raquel Lyra na manhã do dia da eleição criou uma grande
comoção, colocando a candidata – Raquel no segundo turno com Marília Arraes. E
no segundo turno esse fato foi bastante exibido no guia eleitoral e até nos
debates, puxando a campanha de Marília Arraes para baixo. E aí só deu Raquel
Lyra na disputa.
L - Conseguir um sólido
esquema de financiamento
O candidato precisa se articular para
conseguir um esquema de financiamento. É comum
os patrocínios a candidatos, até porque a lei eleitoral nº 9.504/97, e suas alterações permitem a doação de pessoa física, bem como o financiamento público através do FUNDÃO.
O que não pode numa campanha eleitoral
é faltar recursos
para concretizar o planejamento estabelecido e colocar em prática os
programas.
O carisma do candidato pode até
garantir um bom posicionamento, mas é duvidoso
fazer vitoriosos.
Foram poucos os “mitos” na história política do Brasil.
Os mais conhecidos foram Getúlio
Vargas, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Lula,
e agora o Bolsonaro, mas lembrem-se que o apoio financeiro e político são de fundamentais importâncias em qualquer
eleição.
M - Arregimentar grupos para trabalhos voluntários
Os
grupos de voluntários são peças estratégicas de excelentes resultados nas campanhas eleitorais e até mesmo nos diversos
setores sociais e econômicos
do País.
Alguns políticos já usam essas estratégias, com grupos de amigos organizando encontros, reuniões, visitas,
caminhadas, até torneio
de futebol e dominó apresentando o seu candidato.
O candidato deve está onde o eleitor
estar.
Ocupar espaço é uma estratégia necessária em qualquer
eleição.
E com a redução do tempo de campanha e
as proibições das doações das empresas, o voluntariado é uma boa saída para combater a crise financeira das eleições municipais.
N - Formar uma ampla base de alianças
Essa
base de compromisso é extremamente eficaz para a regionalização das campanhas
eleitorais.
A formação de alianças é uma iniciativa que deve ser tomada com bastante antecedência pelo candidato e seus assessores.
Não
se pode perder tempo neste setor. É bom lembrar
que o período das convenções é de 20 de julho a 05 de agosto. Em 15 de agosto é o prazo
máximo para o registo de candidaturas,
e a partir de 16 de agosto é permitida
a propaganda eleitoral.
Uma
base partidária ampla, significa mais tempo no guia eleitoral, mais mídia institucional - as chamadas
inserções de 30 segundos, e o mais importante, o palanque
eletrônico, que hoje é quem vem decidindo as eleições, principalmente nas capitais e nos municípios com mais de duzentos mil eleitores por conta de possíveis segundo turno.
O – Escolher
equipes profissionais de assessores
É bom lembrar
que equipes profissionais que administram campanhas
eleitorais veem os candidatos como um produto,
que devem ser bem vendidos
para ter sucesso
e planejam as medidas necessárias para isto, sem erros ditados
por paternalismo, achismo, pitaquismo ou emocionalismo.
Para
certas tarefas o candidato poderá
se utilizar dos familiares e amigos.
Mas de um modo geral é um perigo
deixar a campanha em mãos amadoristas. É bom
ter cuidado com os “PITAQUEIROS” aqueles que acham tudo ou entendem de tudo, mas na verdade
de quase nada.
P – Ter disposição e método de trabalho
A partir do momento
que decide se candidatar o político se transforma numa espécie de ser coletivo.
Logo, deverá ter disposição para participar de todos os acontecimentos sociais e significativos na sua base eleitoral.
O bom candidato não perde tempo, está sempre presente em todos os momentos políticos e sociais de relevo na sua comunidade.
É importante ser assíduo,
pontual e obediente a sua assessoria. Pois quem não se planeja, não se estabelece, diz o ditado
popular.
Q – Conhecer
as pesquisas de opinião, mas não se impressionar
O mais importante é não se impressionar com os resultados das
pesquisas, sejam elas favoráveis ou não.
Se as pesquisas
merecem crédito, os resultados contribuirão para ajustar a campanha.
Quando as pesquisas influenciam o
ânimo do candidato, o sinal vermelho do perigo
se acende. A frieza,
nesses casos, é de fundamental importância.
Lembre-se que a pesquisa mede o desempenho do candidato naquele momento, logo
um fato novo pode mudar o cenário eleitoral totalmente. A morte de Eduardo Campos,
alavancou a campanha de Paulo Câmara levando-o
a vitória.
Nas eleições
recentes, ficou ainda mais clara uma crescente discrepância entre as projeções dos institutos de pesquisa e os resultados das urnas.
Tal incongruência sinaliza
uma mudança fundamental na dinâmica política.
Um dos
catalisadores dessa volatilidade é a proliferação e
rapidez com que a informação circula nas dimensões
digital e social do espaço figital. Em tempos onde notícias, fatos,
versões e opiniões
podem preencher o espaço informacional de forma exponencial em tempo exíguo, intenção e escolhas de voto podem ser drasticamente alteradas ao minuto.
Esta realidade
representa um desafio monumental para
as pesquisas eleitorais convencionais, com frequência
conduzidas, dias ou semanas antes
dos pleitos.
R – Realizar
periódicas avaliações de desempenho
É importante identificar
periodicamente os pontos fortes e fracos da campanha, bem como os pontos fortes e fracos dos
concorrentes, é medida mais que necessária – é
estratégica. Aqui estão algumas etapas que podem ser seguidas para conduzir
avaliações de desempenho eficazes:
1. Estabeleça Objetivos
Claros:
·
Defina
metas claras e mensuráveis para cada colaborador.
·
Certifique-se
de que os objetivos estejam alinhados com os objetivos gerais da CAMPANHA.
2.
Use Critérios Mensuráveis:
·
Desenvolva
critérios objetivos para avaliar o desempenho.
·
Isso pode
incluir indicadores de produtividade, qualidade do trabalho, habilidades
interpessoais, etc.
3.
Feedback Contínuo:
·
Promova
uma cultura de feedback regular ao longo da CAMPANHA.
·
O
feedback constante permite que os colaboradores entendam suas áreas de melhoria
e reforcem comportamentos positivos na execução das ações da CAMPANHA.
4.
Autoavaliação:
·
Incentive
os colaboradores a participarem do processo, fornecendo uma autoavaliação.
·
Isso
permite que eles expressem suas próprias percepções e metas.
5.
Treinamento e Desenvolvimento:
·
Identifique
as necessidades de treinamento e desenvolvimento com base nas avaliações.
·
Ofereça
oportunidades para melhorar as habilidades e conhecimentos necessários.
6.
Avaliação 360 Graus:
·
Considere
a implementação de avaliações de 360 graus, que incluem feedback de militantes,
colaboradores e assessoria.
·
Isso
proporciona uma visão mais abrangente do desempenho.
7.
Reconhecimento e Recompensas:
·
Reconheça
e recompense os bons desempenhos.
·
Isso pode
incluir, promoções ou reconhecimento público.
8.
Comunicação Clara:
·
Comunique-se
de maneira clara sobre os resultados da avaliação e expectativas futuras.
·
Esteja
aberto a discutir e esclarecer quaisquer dúvidas
S – Ter flexibilidade e exibir jogo de cintura
“Como a política é a arte de engolir
sapos, como dizia o
saudoso Leonel de Moura Brizola.
O político
é um ser flexível por essência”.
Adapta-se às circunstâncias, veste-se
de acordo, toma café da manhã com militantes,
batiza filhos de amigos, solta preso, dá carta de recomendação para empregos, e…....
Logo
a flexibilidade é uma marca da campanha
de qualquer candidato.
T – Desenvolver boa presença
em comícios e nas redes
sociais
O candidato deve procurar desenvolver certas habilidades no trato com a palavra.
Conhecendo o tipo de público que o assiste,
será possível desenvolver uma linguagem adequada
aos ouvintes.
Exige-se boa presença até nos
comícios-relâmpagos, palco adequado para frases de efeitos e massificação da campanha.
Com o fim das apresentações de
artistas em eventos eleitorais e o avanço das redes sociais na vida das pessoas, levar o povo ao comício é tarefa
das mais árduas nos dias de hoje.
“O marketing político, neste contexto, enfrenta o desafio de navegar numa paisagem complexa e muitas vezes paradoxal. Ao tempo em que deve descobrir maneiras de utilizar redes sociais para criar engajamento genuíno, tem que manter narrativas coerentes e significativas sobrevivam ao ciclo de 24 horas das notícias e se distingam e tenham impacto real no interminável carrossel de “trending topics”.
Assim como FDR e Churchill usaram as tecnologias de sua época para modelar a narrativa pública, os políticos contemporâneos estão tentando fazer o mesmo, mas devem ter uma consciência aguda dos benefícios e armadilhas que as plataformas figitais podem oferecer.
U – Preparar-se para debates na mídia
As
eleições serão fortemente influenciadas pela mídia
eletrônica e redes
sociais. A cadeia
de TV e rede de rádio, para muitos candidatos, serão fortes eleitores.
Preparar-se para enfrentar debates
na TV, nas universidades, nas associações e nas rádios,
é medida de bom senso.
Papers especializados, preparados pela assessoria, constituem um bom indicativo.
O debate é a oportunidade que tem o candidato para tirar partido das fraquezas
dos adversários e conquistar
os votos necessários a sua vitória.
V – Alcançar
pontos de equilíbrio em todos os programas
A tendência de alguns candidatos é reforçar certos
programas, de acordo
com sua personalidade e valores.
O ideal é perseguir pontos
de equilíbrio em todos eles, formando uma homogeneidade necessária à eficácia da campanha.
É claro que tudo isso depende das regiões de sua atuação
e do cronograma da campanha.
X – Convergir
os enfoques, os apelos e os materiais para um mesmo ponto
Cuidados devem se tomar para que a
massa de apelos não prejudique a unicidade do
discurso.
O leque de situações variadas
tende a fragmentar a direção
de uma campanha.
Agora, mudando de assunto,
“Segundo os especialistas do marketing político
as Eleições de 2024, serão decididas pelas Redes Sociais”.
E seguem as receitas:
1. Os especialistas ensinam a utilizar os diferentes canais
digitais como palanque
eleitoral e destacam
o fato do Brasil ser o terceiro
país que mais fica online
no mundo – as redes sociais
são uma realidade.
2. Também
chamam atenção para o fato das mulheres conquistarem cada vez mais espaço na política, tanto como eleitoras,
quanto nos cargos eletivos ou técnicos, e apresentam
uma série de pesquisas, uma espécie de raio-x nos números de usuários das redes sociais
no Brasil.
3. Para
finalizar, advertem sobre o perigo das fake news e te dá umas dicas para reverter o jogo e se transformar em uma
fonte confiável de informação entre o eleitorado.
4. Agora
uma propaganda em desconformidade com as normas eleitorais podem gerar multas que variam de 5 mil a 105 mil UFIs ou penalidades ainda mais graves,
do tipo impugnação do
registro da candidatura até a cassação do diploma de vereador eleito.
5.
Então é necessário veicular sua pré campanha em conformidade com a lei eleitoral.
Não vai adiantar ganhar uma eleição no voto e perder no “TAPETÃO” da Justiça Eleitoral, a dita vitória de
Pirro.
6.
A forma de fazer uma pré-campanha eleitoral
foi alterada com a chegada do Coronavírus
e que pode perdurar por algum
tempo.
7. Lembre-se
que isolamento social não é sinônimo de ficar parado e a sua pré campanha
eleitoral pode ser feita
de casa. Sim em casa!
8. Precisamos
nos adaptar ao momento que o Brasil vive. O momento é de comoção social, mas também é político. Então vamos
a caça do voto!
9.
Por isso, você precisa
se preparar para este momento
sem prejudicar sua candidatura. As redes sociais
vão te auxiliar e trazer
clareza neste momento
de instabilidades e incertezas.
10. Use sempre as redes sociais e faça uma
pré-campanha bem sucedida. A sua vitoria pode está na palma
da sua mão.
Z – Fazer uma boa comemoração ou preparar-se para a próxima
campanha
“Tudo
terminado, o jeito é comemorar. E comemorar faz parte do
MARKETING POLÍTICO. Se nada deu certo,
não deve o candidato esmorecer. O bom político, no dia seguinte
às eleições, está trabalhando para a próxima
disputa. Portanto, mãos à obra.
Mas, esperamos e desejamos que tudo dê certo”.
Por: Ilo Jorge de Souza
Pereira
Sobre
o autor
Possui graduação em Matemática
pela Universidade Católica de Pernambuco–UNICAP, especialista em matemática
aplicada, cálculo integral e diferencial é Pós- Graduado como Gerente de Cidades
pela Faculdade de Administração da Universidade de Pernambuco–UPE, Especialista
em Gestão de Petróleo e Gás Natural pela FADEPE-PE
e Direito Administrativo pela Universidade Cândido
Mendes. Atualmente é professor universitário e consultor em gestão pública,
para assuntos de Segurança, Trânsito, Transportes
Públicos e Mobilidade Urbana, Diretor Técnico Pedagógico do Portal da Gestão
Pública, professor do Núcleo de Pós-Graduação da Universidade Escritor Osman da
Costa Lins-UNIFACOL. Ministra Cursos de Formação Profissional nos sites de
educação à distância:www.bravacursos.com.br;www.learncafe.com.br;www.buzzero.com.br e
www.portaldagestaopublica.com.br. Escreve para o blog: O Portal da Gestão
Pública e realiza palestras e consultorias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário