sábado, 18 de maio de 2024

O MARKETING POLÍTICO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2024


As disputas eleitorais começam bem antes dos prazos definidos pelo calendário oficial do TSE. Com a redução do período de campanha eleitoral a legislação flexibilizou a prática de vários atos de construção política da imagem do pretenso candidato às eleições municipais e atos de sua pré-campanha eleitoral; o TSE deu uma virada na jurisprudência e fixou novas balizas com relação à propaganda antecipada, possibilitando a prática antecipada de uma série de ações que antes eram proibidas.

O pretenso candidato que deixar a construção e a divulgação da sua imagem e difusão de suas ideias políticas para o período eleitoral ou para as vésperas das eleições vai ficar para trás desse PENTATLO.

E vamos a algumas dicas para reflexão!

1. sobre a prática de atos de pré-campanha eleitoral;

2. sobre o que é permitido e o que é proibido na construção e divulgação da imagem política dos candidatos;

3. sobre como gerir a reputação do pré-candidato e utilizar os mecanismos de combate a informações falsas e desinformação, e;

4. sobre como identificar os abusos e utilizar mecanismos para frear a prática de ilícitos por parte dos adversários.

As regras de filiação e desfiliação

As regras de filiação e desfiliação para ser candidato nas Eleições Municipais de 2024. A filiação a uma agremiação partidária é um dos requisitos previstos na Constituição Federal para que a candidata ou o candidato sejam eleitos.

É necessário, ainda, ter nacionalidade brasileira, possuir alistamento eleitoral e domicílio na região de candidatura, entre outras exigências.

Os critérios para filiação e desfiliação partidária

A Lei Federal nº 9.096 - Lei dos Partidos Políticos estabelece que só pode se filiar a uma sigla quem estiver em pleno gozo dos seus direitos políticos.

Para concorrer, a candidata ou o candidato deve estar filiado a alguma agremiação partidária até seis meses antes da data fixada para as eleições em 2024, o pleito municipal ocorrerá em 6 de outubro.

Filiação

A filiação é considerada aprovada com o atendimento dessas regras. Assim que deferido internamente o pedido de filiação, o partido deverá inserir os dados do filiado no sistema eletrônico da Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos.

Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a Justiça Eleitoral deverá intimar pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe ciência da saída do filiado.

A partir daí, passam a ser contados os prazos para ajuizamento de eventuais ações. Quando houver mais de uma filiação, prevalecerá aquela mais recente, sendo que a Justiça Eleitoral determinará o cancelamento das demais.

Desfiliação

Para se desligar do partido, o filiado deve comunicar por escrito à direção municipal da legenda e ao juiz eleitoral da zona em que estiver inscrito. O vínculo é considerado extinto dois dias após a data de entrega da comunicação.

A filiação é imediatamente cancelada em cinco diferentes situações: morte, perda dos direitos políticos, expulsão da sigla, outras formas previstas no estatuto (com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de 48 horas da decisão) e filiação a outro partido (desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva zona eleitoral).

Perda de mandato

A legislação prevê ainda que o detentor de cargo eletivo que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi eleito perderá o mandato. As hipóteses de desfiliação devidamente justificada são: o desvio reiterado do programa partidário; a grave discriminação política pessoal; e a mudança de agremiação no período da chamada “janela partidária”. Ou seja, as mudanças de legenda que não se enquadarem nesses motivos podem levar à perda do mandato.

Janela partidária

A Reforma Eleitoral de 2015, produzida pela Lei Federal nº 13.165, instituiu a chamada “janela partidária”, é um prazo de 30 dias que antecede a data-limite de filiação para concorrer à eleição, a fim de que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato.

E nas eleições de 2024, essa “janela” será aberta no período de 7 de março a 5 de abril, quando os vereadores e as vereadoras poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.

Em 2018, o TSE decidiu que só pode usufruir da janela partidária a pessoa eleita que esteja no término do mandato vigente. Isso significa que vereadores só podem migrar de partido na janela destinada às eleições municipais, e deputados federais e estaduais naquela janela que ocorra seis meses antes das eleições gerais.

Um pouco de história

No século XIX, com o crescimento dos sistemas democráticos partidários, líderes de partidos começaram a ganhar destaque e proeminência; nos Estados Unidos, Abraham Lincoln e Andrew Jackson foram mestres em criar uma “marca” pessoal muito forte, embora de maneiras muito diferentes.

Lincoln é muitas vezes idealizado como o “Salvador da União” e o “Grande Emancipador”, enquanto Jackson é lembrado como um “homem do povo”, um líder forte e decidido.

As imagens têm raízes profundas na psique americana, mas apelam para diferentes ideais e valores.

 

Com o surgimento da mídia de massa, incluindo rádio e televisão, no século XX, aumentou a visibilidade e o impacto dos políticos. Líderes carismáticos como Franklin D. Roosevelt e Winston Churchill, no contexto do marketing político, foram pioneiros no uso de novas formas de mídia para moldar a opinião pública.

 

A política nesse mundo globalizado, tende a receber, no Brasil, tratamento cada vez  mais sofisticado e profissional.

Os tempos são outros, de mudanças e inovações com tecnologias da informação crescentes e cada vez mais exigentes, a sociedade não admite improvisações, quer resultados exitosos, sempre a curto prazo.

Logo o marketing político, está fadado a instalar-se definitivamente no País das eleições a cada dois anos, que movimenta uma fábula bilionária de recursos públicos e privados.

As dicas que vamos apresentar, com certeza poderão fazer sua campanha eleitoral vitoriosa.

E vamos as  nossas dicas 

A - Escolher uma estratégia de marketing adequada

 

Que podem ser o marketing: não diferenciado, diferenciado e concentrado.

 

O não diferenciado serve para o político projetar sua mensagem de maneira massiva, dirigindo-se a todos os segmentos sociais indistintamente.

Diferenciado é apropriado para o político planejar sua campanha com mensagens aos diversos segmentos de eleitores.

O concentrado é adequado para se trabalhar especificamente determinada faixa de eleitores, concentrando-se a força da campanha numa única faixa do mercado.

B - Definir os segmentos–alvo e periféricos de eleitores

É tarefa importante, a localização geopolítica do eleitorado que se quer trabalhar e a identificação dos comportamentos do eleitor - alvo.

Levando-se em consideração as pequenas distâncias, o baixo custo operacional e um grande volume de votos a ser conquistado, é o chamado custo benefício da campanha. As redes sociais são grandes aliados nesse momento.

Até para Lei Orgânica dos Partidos Políticos o voto tem preço, é só acessar o Fundo Partidário no site do TSE e constatar. E nas últimas eleições brasileiras funcionou muito bem o propalado FUNDÃO – Fundo Público de Financiamento de Campanha. E para as eleições de municipais de 2024, a Lei das Diretrizes Orçamentárias da União, destinou aos partidos políiticos, para custear as eleições municipais  a bagatela de 5 bilhões de reais.

 

C - Saber ler o meio ambiente e identificar riscos e oportunidades

 

Procurar interpretar as necessidades, percepções, preferências, motivações, satisfações desses grupos é, em última análise, embasar as campanhas com fortes tons de realidade, como por exemplo:

O despertar da consciência política de segmentos estagnados e revoltados com a classe política, dentre eles - (empresarial, estudantil, comunitários, sociais, e etc).

Fortalecimento das entidades representativas da sociedade civil organizada, os movimentos de massa, as redes sociais, quando bem trabalhadas são fortes aliados. O que não nos falta são exemplos nas redes sociais os militantes de Bolsonaro e Lula vivem em eterna disputa, pelo poder das mídias fidigitais.

D - Desenvolver um conceito e uma identidade

 

Desenvolver um conceito é agregar a filosofia política do candidato, o estilo de conduta, as qualidades, os antecedentes, as características físicas e comportamentais, bem como as ações do candidato no binômio - espaço x tempo.

Candidato é um produto a ser vendido.

 

Quando o produto é bom, como diz o vendedor “Não se vende, se tira o pedido” e se espera pela entrega, sendo as redes sociais um forte aliado, para se masssificar o perfil do cadidato.

E - Evitar situações, atos e discursos inadequados

É importante observar os comportamentos inadequados, que abrangem o vestuário, as maneiras de se expressar, declarações feitas, ações, apresentações pessoais, dentre outras…..

Lembrem-se que: discursos difusos, inconsistentes, confusos, afastam o eleitor.

 

É necessário lembrar que muitos eleitores votam conscientemente. E que o País está dividido pelas ideologias, direita versus esquerda, democracia versus ditadura, e por vai.

É importante lembrar alguns fatos históricos aqui em Pernambuco, por exemplo: Roberto Magalhães perdeu a eleição para João Paulo, e um dos motivos foi - por praticar um ato obsceno (dar uma banana) a militância do PT, quando esta realizava uma caminhada em Boa Viagem, um bairro do Recife.

E lembrar sempre o que pode e não pode ser realizado nas fases: Pré–Campanha e Campanha propriamente dita, após o registro, no que concerne principalmente a propaganda eleitoral extemporânea.

F - Testar o conceito e a identidade antes do lançamento

 

Principalmente para os candidatos de primeira viagem e para o cargo majoritário de prefeito.

 

Para os antigos, será útil um reexame de posições e valores que formam seu  conceito na sua trajetória política.

 

Não é sem sentido que muitas raposas políticas perderam eleições

Como exemplos de: Lula, Miguel Arraes, Brizola, Roberto Magalhães, Jarbas Vasconcelos, José Serra, Aécio Neves, dentre outros.

 

G - Analisar os concorrentes e seu perfil político

 

Conhecer os concorrentes, analisar seus potenciais, suas formas de condutas e os eleitorados-alvo que procuram atingir, constituem medidas de amplo alcance, pelas possibilidades que oferece, pois, conhecendo bem os adversários, um candidato fortalecerá sua estratégia de atração (política/financeiro/apoios).

Em política, dependendo do tipo de eleição, o concorrente pode estar no mesmo partido, principalmente quando se trata de eleições proporcionais (Vereadores).

Com a instituição da fidelidade partidária imposta pelo TSE, no pós-eleitoral o seu principal concorrente o primeiro suplente é um potencial adversário.

O patrulhamento ideológico agora aumentou, como se não bastasse a Lei das Cassações nº 9.840 e a Complementar 135, que instituiu a Ficha Limpa.

E ter um cuidado especial com o partido político ou a federal de partidos políticos, que você vai se filiar, e principalmente quanto ao registro da cota de gênero de 30%, pois ainda está acontecendo cassação de chapas de vereadores no Brsil inteiro. 

H - Ganhar projeção em entidades representativas de classes

É uma boa maneira de projeção política e eleitoral.


Se puder receber apoio de entidades tipos: Sindicatos dos Servidores do Município, CDL, Associações de Moradores, Movimentos Sociais Organizados, segmentos religiosos dentre outros, o candidato terá facilitado sua trajetória vitoriosa.

Essas entidades representam uma gama de eleitores, que poderão se transformar em votos potenciais e fidelizados.

I - Ganhar a confiança do Partido

 

O candidato deve ser bem visto pelo partido ou federação de partidos, principalmente, no que concerne a fidelidade ideológica e disciplina partidária.

A máquina partidária, através do Fundo Partidário e do Fundão pode ajudar no seu sucesso eleitoral, hoje as doações são públicas via partidos políticos, bem como de pessoas físicas.

Alguns partidos políticos usam como estratégia eleitoral aconcentração”, isto é, priorizar determinado candidato, de certo Município, e dar carga total em sua postulação. E agora esse fato torna-se mais claro e latente com a redução das vagas dos candidatos por partidos e federações partidárias. Vale lembrar, que se o número de Vereadores de certo município é 9. Então o número máximo de candidatos que poderão ser registrados por partidos e federações partidárias é 10.

J - Definir com muito cuidado a estratégia de comunicação

 

Esse deve constituir-se um dos principais objetivos do candidato, e uma das principais ferramentas do marketing político.

 

Definir o composto comunicacional é selecionar a mídia de massa, os canais mais seletivos, os instrumentos de promoção, principalmente as redes sociais.

Costuma-se perder dinheiro, e consequentemente votos, quando não se racionaliza o pacote comunicativo, os programas de ação política deverão estar ajustados ao perfil traçado para a campanha.

K - Preparar um bom plano e um eficiente cronograma 

É importante saber que o candidato irá percorrer uma trajetória, uma verdadeira MARATONA, que passam pelas fases de: Filiação, Pré Campanha Eleitoral, Convenção, Campanha Eleitoral propriamente dita e finalmante a prestação de contas. É como se fosse uma prova de atletismo do tipo PENTATLO - competição que inclui CINCO modalidades esportivas bastante diferentes. Uma campanha passa por desenvolvimento, período de maturação e ponto de altura máxima, que é o pico o “dia da eleição”.

O calendário deve ser programado para o candidato atingir o pico da maturidade no dia da eleição, evitando assim o período de declínio (a queda). Conforme aprendemos nas aulas de física no ensino médio “Tudo que sobe, desce”. E para “toda força de ação, haverá uma força de reação, que atuará na mesma direção e em sentido oposto”. São as leis do movimneto.

Lembre-se que Paulo Câmara, apoiado por Eduardo Campos partiu de 4% e venceu Armando Monteiro, que no mesmo período tinha 38%, e por incrível que pareça, ainda no primeiro turno das eleições de 2014.

E nas eleições em Pernambuco de 2022, para governador ocorreu um fato semelhante. Marília Arraes liderou a campanha e Raquel Lyra, sempre nas pesquisas de opinião ocupando a terceira colocação. A morte do marido de Raquel Lyra na manhã do dia da eleição criou uma grande comoção, colocando a candidata – Raquel no segundo turno com Marília Arraes. E no segundo turno esse fato foi bastante exibido no guia eleitoral e até nos debates, puxando a campanha de Marília Arraes para baixo. E aí só deu Raquel Lyra na disputa.    

L - Conseguir um sólido esquema de financiamento

 

O candidato precisa se articular para conseguir um esquema de financiamento. É comum os patrocínios a candidatos, até porque a lei eleitoral nº 9.504/97, e suas alterações permitem a doação de pessoa física, bem como o financiamento público através do FUNDÃO.

O que não pode numa campanha eleitoral é faltar recursos para concretizar o planejamento estabelecido e colocar em prática os programas.

O carisma do candidato pode até garantir um bom posicionamento, mas é duvidoso fazer vitoriosos.

Foram poucos os “mitos” na história política do Brasil.

Os mais conhecidos foram Getúlio Vargas, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Lula, e agora o Bolsonaro, mas lembrem-se que o apoio financeiro e político são de fundamentais importâncias em qualquer eleição.

M - Arregimentar grupos para trabalhos voluntários

 

Os grupos de voluntários são peças estratégicas de excelentes resultados nas campanhas eleitorais e até mesmo nos diversos setores sociais e econômicos do País.

 

Alguns políticos usam essas estratégias, com grupos de amigos organizando encontros, reuniões, visitas, caminhadas, até torneio de futebol e dominó apresentando o seu candidato.

O candidato deve está onde o eleitor estar.

 

Ocupar espaço é uma estratégia necessária em qualquer eleição.

 

E com a redução do tempo de campanha e as proibições das doações das empresas, o voluntariado é uma boa saída para combater a crise financeira das eleições municipais.

N - Formar uma ampla base de alianças

Essa base de compromisso é extremamente eficaz para a regionalização das campanhas eleitorais.

A formação de alianças é uma iniciativa que deve ser tomada com bastante antecedência pelo candidato e seus assessores.

Não se pode perder tempo neste setor. É bom lembrar que o período das convenções é de 20 de julho a 05 de agosto. Em 15 de agosto é o prazo máximo para o registo de candidaturas, e a partir de 16 de agosto é permitida a propaganda eleitoral.

Uma base partidária ampla, significa mais tempo no guia eleitoral, mais mídia institucional - as chamadas inserções de 30 segundos, e o mais importante, o palanque eletrônico, que hoje é quem vem decidindo as eleições, principalmente nas capitais e nos municípios com mais de duzentos mil eleitores por conta de possíveis segundo turno.

O Escolher equipes profissionais de assessores

 

É bom lembrar que equipes profissionais que administram campanhas eleitorais veem os candidatos como um produto, que devem ser bem vendidos para ter sucesso e planejam as medidas necessárias para isto, sem erros ditados por paternalismo, achismo, pitaquismo ou emocionalismo.

Para certas tarefas o candidato poderá se utilizar dos familiares e amigos.

 

Mas de um modo geral é um perigo deixar a campanha em mãos amadoristas. É bom ter cuidado com os “PITAQUEIROS” aqueles que acham tudo ou entendem de tudo, mas na verdade de quase nada.

P Ter disposição e método de trabalho

A partir do momento que decide se candidatar o político se transforma numa espécie de ser coletivo. Logo, deverá ter disposição para participar de todos os acontecimentos sociais e significativos na sua base eleitoral.

 

O bom candidato não perde tempo, está sempre presente em todos os momentos políticos e sociais de relevo na sua comunidade.

É importante ser assíduo, pontual e obediente a sua assessoria. Pois quem não se planeja, não se estabelece, diz o ditado popular.

Q Conhecer as pesquisas de opinião, mas não se impressionar

 

O mais importante é não se impressionar com os resultados das pesquisas, sejam elas favoráveis ou não.

Se as pesquisas merecem crédito, os resultados contribuirão para ajustar a campanha.

Quando as pesquisas influenciam o ânimo do candidato, o sinal vermelho do perigo se acende. A frieza, nesses casos, é de fundamental importância.

 

Lembre-se que a pesquisa mede o desempenho do candidato naquele momento, logo um fato novo pode mudar o cenário eleitoral totalmente. A morte de Eduardo Campos, alavancou a campanha de Paulo Câmara levando-o a vitória.

 

Nas eleições recentes, ficou ainda mais clara uma crescente discrepância entre as projeções dos institutos de pesquisa e os resultados das urnas. Tal incongruência sinaliza uma mudança fundamental na dinâmica política.

Um dos catalisadores dessa volatilidade é a proliferação e rapidez com que a informação circula nas dimensões digital e social do espaço figital. Em tempos onde notícias, fatos, versões e opiniões podem preencher o espaço informacional de forma exponencial em tempo exíguo, intenção e escolhas de voto podem ser drasticamente alteradas ao minuto.

Esta realidade representa um desafio monumental para as pesquisas eleitorais convencionais, com frequência conduzidas, dias ou semanas antes dos pleitos.

 

R Realizar periódicas avaliações de desempenho

 

É importante identificar periodicamente os pontos fortes e fracos da campanha, bem como os pontos fortes e fracos dos concorrentes, é medida mais que necessária – é estratégica. Aqui estão algumas etapas que podem ser seguidas para conduzir avaliações de desempenho eficazes:

 

1.    Estabeleça Objetivos Claros:


·         Defina metas claras e mensuráveis para cada colaborador.

 

·         Certifique-se de que os objetivos estejam alinhados com os objetivos gerais da CAMPANHA.

 

2.    Use Critérios Mensuráveis:

 

·         Desenvolva critérios objetivos para avaliar o desempenho.

 

·         Isso pode incluir indicadores de produtividade, qualidade do trabalho, habilidades interpessoais, etc.

 

3.    Feedback Contínuo:

 

·         Promova uma cultura de feedback regular ao longo da CAMPANHA.

 

·         O feedback constante permite que os colaboradores entendam suas áreas de melhoria e reforcem comportamentos positivos na execução das ações da CAMPANHA.

 

4.    Autoavaliação:

 

·         Incentive os colaboradores a participarem do processo, fornecendo uma autoavaliação.

 

·         Isso permite que eles expressem suas próprias percepções e metas.

 

5.    Treinamento e Desenvolvimento:

 

·         Identifique as necessidades de treinamento e desenvolvimento com base nas avaliações.

 

·         Ofereça oportunidades para melhorar as habilidades e conhecimentos necessários.

 

6.    Avaliação 360 Graus:

 

·         Considere a implementação de avaliações de 360 graus, que incluem feedback de militantes, colaboradores e assessoria.

 

·         Isso proporciona uma visão mais abrangente do desempenho.

 

7.    Reconhecimento e Recompensas:

 

·         Reconheça e recompense os bons desempenhos.

 

·         Isso pode incluir, promoções ou reconhecimento público.

 

8.    Comunicação Clara:

 

·         Comunique-se de maneira clara sobre os resultados da avaliação e expectativas futuras.

 

·         Esteja aberto a discutir e esclarecer quaisquer dúvidas

S Ter flexibilidade e exibir jogo de cintura

 

“Como a política é a arte de engolir sapos, como dizia o saudoso Leonel de Moura Brizola.  O político é um ser flexível por essência”.

 

Adapta-se às circunstâncias, veste-se de acordo, toma café da manhã com militantes, batiza filhos de amigos, solta preso, carta de recomendação para empregos, e…....

Logo a flexibilidade é uma marca da campanha de qualquer candidato.

T Desenvolver boa presença em comícios e nas redes sociais

 

O candidato deve procurar desenvolver certas habilidades no trato com a palavra.

 

Conhecendo o tipo de público que o assiste, será possível desenvolver uma linguagem adequada aos ouvintes.

Exige-se boa presença até nos comícios-relâmpagos, palco adequado para frases de efeitos e massificação da campanha.

Com o fim das apresentações de artistas em eventos eleitorais e o avanço das redes sociais na vida das pessoas, levar o povo ao comício é tarefa das mais árduas nos dias de hoje.

“O marketing político, neste contexto, enfrenta o desafio de navegar numa paisagem complexa e muitas vezes paradoxal. Ao tempo em que deve descobrir maneiras de utilizar redes sociais para criar engajamento genuíno, tem que manter narrativas coerentes e significativas sobrevivam ao ciclo de 24 horas das notícias e se distingam e tenham impacto real no interminável carrossel de “trending topics”.

Assim como FDR e Churchill usaram as tecnologias de sua época para modelar a narrativa pública, os políticos contemporâneos estão tentando fazer o mesmo, mas devem ter uma consciência aguda dos benefícios e armadilhas que as plataformas figitais podem oferecer.

U Preparar-se para debates na mídia

 

As eleições serão fortemente influenciadas pela mídia eletrônica e redes sociais. A cadeia de TV e rede de rádio, para muitos candidatos, serão fortes eleitores.

 

Preparar-se para enfrentar debates na TV, nas universidades, nas associações e nas rádios, é medida de bom senso.

Papers especializados, preparados pela assessoria, constituem um bom indicativo.

 

O debate é a oportunidade que tem o candidato para tirar partido das fraquezas dos adversários e conquistar os votos necessários a sua vitória.

V Alcançar pontos de equilíbrio em todos os programas

 

A tendência de alguns candidatos é reforçar certos programas, de acordo com sua personalidade e valores.

O ideal é perseguir pontos de equilíbrio em todos eles, formando uma homogeneidade necessária à eficácia da campanha.

É claro que tudo isso depende das regiões de sua atuação e do cronograma da campanha.

X – Convergir os enfoques, os apelos e os materiais para um mesmo ponto

 

Cuidados devem se tomar para que a massa de apelos não prejudique a unicidade do discurso.

O leque de situações variadas tende a fragmentar a direção de uma campanha.

Agora, mudando de assunto, “Segundo os especialistas do marketing político as  Eleições de 2024, serão decididas pelas Redes Sociais”. E seguem as receitas:

 

1.    Os especialistas ensinam a utilizar os diferentes canais digitais como palanque eleitoral e destacam o fato do Brasil ser o terceiro país que mais fica online no mundo – as redes sociais são uma realidade.

2.   Também chamam atenção para o fato das mulheres conquistarem cada vez mais espaço na política, tanto como eleitoras, quanto nos cargos eletivos ou técnicos, e apresentam uma série de pesquisas, uma espécie de raio-x nos números de usuários das redes sociais no Brasil.

3.   Para finalizar, advertem sobre o perigo das fake news e te dá umas dicas para reverter o jogo e se transformar em uma fonte confiável de informação entre o eleitorado.

4.   Agora uma propaganda em desconformidade com as normas eleitorais podem gerar multas que variam de 5 mil a 105 mil UFIs ou penalidades ainda mais graves, do tipo impugnação do registro da candidatura até a cassação do diploma de vereador eleito.

5.    Então é necessário veicular sua pré campanha em conformidade com a lei eleitoral. Não vai adiantar ganhar uma eleição no voto e perder no “TAPETÃO” da Justiça Eleitoral, a dita vitória de Pirro.

6.    A forma de fazer uma pré-campanha eleitoral foi alterada com a chegada do Coronavírus e que pode perdurar por algum tempo.

7.   Lembre-se que isolamento social não é sinônimo de ficar parado e a sua pré campanha eleitoral pode ser feita de casa. Sim em casa!

8.   Precisamos nos adaptar ao momento que o Brasil vive. O momento é de comoção social, mas também é político. Então vamos a caça do voto!

9.   Por isso, você precisa se preparar para este momento sem prejudicar sua candidatura. As redes sociais vão te auxiliar e trazer clareza neste momento de instabilidades e incertezas.

10. Use sempre as redes sociais e faça uma pré-campanha bem sucedida. A sua vitoria pode está na palma da sua mão.

Z Fazer uma boa comemoração ou preparar-se para a próxima campanha

 

“Tudo terminado, o jeito é comemorar. E comemorar faz parte do MARKETING POLÍTICO. Se nada deu certo, não deve o candidato esmorecer. O bom político, no dia seguinte às eleições, está trabalhando para a próxima disputa. Portanto, mãos à obra. Mas, esperamos e desejamos que tudo certo”.


Por: Ilo Jorge de Souza Pereira

 

Sobre o autor

 

 

Possui graduação em Matemática pela Universidade Católica de Pernambuco–UNICAP, especialista em matemática aplicada, cálculo integral e diferencial é Pós- Graduado como Gerente de Cidades pela Faculdade de Administração da Universidade de Pernambuco–UPE, Especialista em Gestão de Petróleo e Gás Natural pela FADEPE-PE e Direito Administrativo pela Universidade Cândido Mendes. Atualmente é professor universitário e consultor em gestão pública, para assuntos de Segurança, Trânsito, Transportes Públicos e Mobilidade Urbana, Diretor Técnico Pedagógico do Portal da Gestão Pública, professor do Núcleo de Pós-Graduação da Universidade Escritor Osman da Costa Lins-UNIFACOL. Ministra Cursos de Formação Profissional nos sites de educação à distância:www.bravacursos.com.br;www.learncafe.com.br;www.buzzero.com.br e www.portaldagestaopublica.com.br. Escreve para o blog: O Portal da Gestão Pública e realiza palestras e consultorias.

  

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