A Petrobras vai investir US$ 71,6 bilhões na área de Abastecimento até
2016, com foco na modernização e expansão de seu parque de refino. Ao
todo, são 255 projetos em implementação na área, com destaque para a Refinaria
Abreu e Lima e para o primeiro trem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj), proporcionando um salto na capacidade de refino da
Petrobras de cerca 400 mil barris por dia.
O detalhamento do Plano de Negócios e Gestão da
Companhia, para os segmentos de negócio ligados ao Abastecimento, foi
apresentado nesta quarta (29/8) pelo diretor da área, José Carlos Cosenza, que
destacou ações com foco em melhorias do processo de gestão. Segundo o diretor,
“um componente importante introduzido no Plano de Negócio foi a gestão
integrada de portfólio, voltada para o acompanhamento dos projetos, buscando a
melhoria contínua através da curva S de desempenho de cada um empreendimento.
Essas curvas envolvem o acompanhamento mensal dos
projetos, atendendo às metas financeiras e físicas de cada um. Com isso vamos
ter condições efetivas para acompanhar detalhadamente e com mais precisão os
projetos e corrigir eventuais distorções.” Cosenza destacou as oportunidades do mercado
brasileiro: “Temos uma grande oportunidade que é o nosso mercado. No
período 2001-2011, enquanto no Brasil a demanda da gasolina subiu em torno de
40%, no mercado global o aumento foi de apenas 15%. No diesel, 29% no
mercado internacional e no país 43%”.
Os investimentos previstos no segmento visam a
atender essa demanda crescente. Só em projetos de ampliação do parque de refino
em implantação, estão previstos investimentos de US$ 24,9 bilhões. A entrada em
operação da Refinaria Abreu e Lima e do primeiro trem do Comperj vão permitir
redução no volume de importação de diesel. Segundo o diretor, as importações de diesel estão
estimadas em 280 mil barris por dia em 2014, devendo cair para 100 a 120 mil
barris por dia em 2016. Em relação à gasolina, a previsão é de cerca de 90 mil
barris por dia tanto para 2014 quanto 2016.
Os investimentos para ampliação do parque de
refino se somam a uma série de empreendimentos que a Petrobras já vem
realizando nos últimos anos, incluindo medidas para maior eficiência
operacional, otimizando a utilização de seus ativos. Destacando os resultados
que já foram obtidos, o diretor ressaltou que “comparando o primeiro semestre
de 2012 com o primeiro semestre de 2011, estamos processando 61 mil barris por
dia a mais e trabalhando com um fator de utilização do parque de refino (FUT)
na faixa de 96%, percentual recorde na empresa”.
Com o aumento do volume de petróleo
processado conseguimos acrescentar uma produção média de 83 mil barris de
derivados por dia. Essas ações, buscando a melhoria operacional,
continuarão a ser implementadas, envolvendo investimentos de US$ 11 bilhões em
projetos já em implantação nas refinarias existentes. Esse plano de modernização do parque de refino,
que está em curso, permitirá à Companhia processar mais petróleo nacional,
aumentar a produção de derivados de alto valor agregado em seu mix de produtos
e produzir combustíveis com menor teor de enxofre. Com os projetos, o nível de
complexidade médio das refinarias da Petrobras, que estava no nível 7 em 2006,
chegará perto de 10 em 2016. O índice de complexidade refere-se à capacidade de
gerar mais produtos nobres com o mesmo volume de petróleo.
O diretor destacou ainda projetos voltados à
infraestrutura, onde serão realizados importantes investimentos, como o da Unidade Offshore de Transferência e Estocagem (UOTE).
Segundo ele, é “um importante projeto que vai receber o petróleo das nossas
plataformas e transferi-lo para navios que escoaram o produto para as nossas
refinarias ou para exportação”.
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